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Quintais em SP: espaços com muito verde do lado de fora de casa

Temperos fresquinhos, fruta no pé, espaço para bichos de estimação e até casinha na árvore.  Estes quintais são o sonho da maioria dos paulistanos.

Por Reportagem Visual Olivia Canato | Texto Lucila Vigneron Villaça | Fotos Marco Antônio
14 fev 2013, 16h15

Repleto de flores e plantas

“Ninguém diz que moro a poucos metros da movimentada avenida Rebouças. No meio do meu quintal, nasceu do nada uma amoreira, há anos. Quando ela dá frutos, fca tão carregada que dá até para fazer geleia”, deleitase a médica Maria Luiza Pedrosa. No sobrado que ela divide com o marido, a flha adolescente e a mãe, Wany, a área externa é o lugar favorito de todos. É lá que Wany mantém um cantinho cheio de orquídeas, suas fores preferidas. Também é ela que cuida dos vasos de temperos. “Minha mãe é a grande responsável pela beleza do jardim. Para ela, é uma fonte de alegria se dedicar às plantas diariamente. O próximo passo é criar uma horta”, diz Maria Luiza. O clima gostoso do lugar inspira a família no dia a dia. “A mesa embaixo do pergolado é onde mais gostamos de comer”, completa.

Temperos bem cuidados

Cozinhar com os temperos cultivados nos vasos do quintal é um dos prazeres dos moradores. Para manter as plantas, Wany conta com a ajuda da equipe do Jardineiro Fiel (tel. 11/3082-5547). A dona da empresa, Mariah Villas Boas, dá as dicas: “A maioria dos temperos adora sol pleno, por isso coloque-os num local com incidência solar de pelo menos três horas por dia. As regas devem ser diárias, sem encharcar. Colha-os com regularidade para que deem folhas novas e durem mais tempo”.

 

Vida de sítio

A casa no bairro da Lapa, da década de 1950, já pertence ao pai da engenheira de alimentos Adriana Gutierrez há mais de 40 anos. Depois de diversos aluguéis, a construção, de apenas 100 m², pedia reformas, mas a área externa, ah!, essa valia o sacrifício: cerca de 700 m², onde Adriana e o marido, Stanly, podiam cultivar uma horta, criar o cachorro e conviver com o verde. Tudo de que mais gostam. “Morávamos em apartamento e queríamos muito ter algo parecido com um sítio”, conta a moça. Realizar o desejo não foi tarefa das mais fáceis: o terreno, 50 cm abaixo do nível da rua, era próximo a um rio canalizado e teve de ser drenado e aterrado antes a implantação do jardim. Mas a recompensa é diária: “Nesta cidade, é um privilégio poder passar mais tempo ao ar livre do que dentro de casa”, fala Adriana.

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Uma casinha com história

A área externa também permitiu realizar o sonho das crianças da família: ter uma casinha na árvore. “Gosto de fazer coisas eu mesmo. Assim, elas têm um significado. E é isso que procuro ensinar à minha filha”, conta Stanly, que, com base num livro norte-americano de projetos de casas em árvores, desenhou e construiu a casinha do quintal. “Ela foi feita com a madeira que sobrou da reforma e demorou quase um ano para ficar pronta. Em setembro, fizemos uma grande festa de inauguração com toda a família. Teve até bênção de padre”, diz ele.

 

Puro deleite

“Pisar a terra, regar as plantas, colher as fores. Tem coisa melhor do que isso? É minha terapia”, conta a empresária Leslie Markus. Há 11 anos, ela morava num apartamento onde batia pouco sol, e seu primeiro flho, então um bebê, sofria com alergias respiratórias. “Eu ansiava por luminosidade e uma área verde. Cresci brincando no quintal. Queria que minha família também pudesse vivenciar isso.” O sonho se materializou na casa de portas envidraçadas, cercada por um espaço ao ar livre de cerca 80 m², onde os três meninos, de 12, 6 e 3 anos, batem bola à vontade. Em 2009, Leslie realizou seu maior desejo: implantar na área um jardim tropical. Com uma linda paineira-de-madagascar, uma jabuticabeira e outras espécies de vegetação, o quintal é seu respiro. “Aqui encontro qualidade de vida, que é pouca na cidade”, fnaliza Leslie.

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Para colher jabuticaba no pé

“Desde que a equipe de paisagismo implantou meu jardim, ele já passou por algumas mudanças. São plantas que acrescentei depois, aos poucos”, diz Leslie. A jabuticabeira é uma aquisição mais ou menos recente: faz um ano que chegou lá. Já era uma pequena árvore, mas se adaptou muito bem. “Ela precisa de muito sol para vicejar, e ali tem de sobra”, conta o agrônomo paisagista Ciro Peixoto Camargo (www.peixotocamargo.com.br), responsável pelo projeto. No dia a dia, é a própria Leslie que cuida. “Bastam regas diárias e adubação trimestral”, ensina Ciro.

 

Fonte de inspiração

Há sete anos, a arquiteta e designer Adriana Yazbek decidiu imporse barreiras físicas para evitar mesclar vida pessoal e profssional. Em sua casa, a moradia é no andar superior. O térreo, onde fca seu ateliê, é área exclusiva de trabalho. Nesse pavimento, a inspiração é primordial, por isso Adriana aproveita alguns intervalos e simplesmente pousa o olhar sobre o jardim, que compõe o quintal de 75 m². “Eu adoro fcar contemplando o paredão coberto pela trepadeira falsa-vinha. É lindo”, diz. E assim, entre uma pausa e outra, ela vai criando suas peças com papel reciclado e seus projetos de arquitetura. Mas não vai à área externa. As visitas fcam reservadas para o fm de semana. “Meus momentos de folga, eu curto de verdade. E uma das coisas de que mais gosto é fcar ao ar livre em meio ao verde”, conta.

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Plantas resistentes à coelha

Uma companheira pouco comum acabou determinando as espécies que compõem o jardim: a coelha Scarlet, 3 anos e meio, é uma consumidora voraz de plantas. “Não sabia desse apetite até colocar no quintal um vaso de setecrésia, que a coelhinha devorou em cerca de 30 minutos. Quando ela gosta, não para de comer até acabar”, conta Adriana. As espécies que ela não aprecia ficam ilesas. Assim, a moradora teve de eliminar aspargo e rabode-gato, mas percebeu que pode manter primavera, costela-de-adão e lágrima-de-cristo, por exemplo.

 

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