Moitas de capim fazem o jardim parecer uma planície intocada
Este jardim no interior paulista lembra uma planície intocada, com seus muitos tons verdes e capins de diferentes espécies, salpicados de flores ora aqui, ora ali.
“Este é um jardim campestre, e não tropical”, avisa a arquiteta paisagista Caterina Poli. Não se veem exuberantes fores coloridas nos 3,7 mil m2 que envolvem a casa num condomínio em Monte Mor, interior de São Paulo. Em compensação, o verde aparece nas mais diferentes alturas, tonalidades, formas e texturas. Com as plantas orquestradas dessa maneira, a monotonia passa longe do refúgio onde a família, um casal e dois meninos, desfruta os fins de semana. Quando a primavera chega, os cinco ipês-brancos localizados na entrada da propriedade florescem e geram um contraponto, dos mais bonitos, às variedades que forram o terreno. Nos meses frios, momento em que as cores de todos os parques e canteiros se recolhem, o espaço se mantém quase imune aos ciclos do clima: uma ou outra espécie acaba desfolhada. Mas o efeito resulta belo – o jasmim-manga plantado junto ao espelho- d’água fica só tronco e galhos, parecendo uma escultura. Os proprietários não queriam um jardim luxuoso, mas descontraído. Caterina acrescenta outros adjetivos: “Eu o defino como solto, descabelado”. Mesmo escolhendo basicamente capins, que dispensam podas e outras atenções constantes, ela não descartou a irrigação automática e a presença diária de um jardineiro. “Diante da extensão do terreno, esses cuidados se tornam indispensáveis”, justifica. Vale lembrar que a área equivale quase à de seis campos de futebol. Mais um bom motivo, aliás, para apostar em espécies como as que a paisagista escolheu, de custo atrativo. Afinal, para cobrir uma imensidão dessas…