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Jardim de casa em Porto Feliz tem horta, fonte e pergolado

A piscina, que reflete os flamboyants, é apenas uma das atrações deste jardim, numa casa de campo no interior paulista.

Por Texto Luciana Jardim | Fotos Renato Elkis/Divulgação
21 mar 2014, 15h51

A cidade onde fica este refúgio, no interior paulista, se chama Porto Feliz. Olhando o belo paisagismo que abraça a construção, a gente logo pensa: poderia haver nome mais apropriado? Desfrutar de um oásis particular e regalar os sentidos nos fins de semana era tudo o que a proprietária, que mora em São Paulo, queria. “Sempre sonhei com um jardim colorido e perfumado o ano inteiro”, disse ela ao paisagista Gilberto Elkis. Espécies aromáticas, como lavanda e gardênia, que o profissional distribuiu pelo terreno de 2,2 mil m², materializaram o desejo. Seguindo a arquitetura da morada, inspirada nas vilas italianas, o projeto do espaço verde foi buscar referências nas regiões da Toscana, na Itália, e da Provença, na França. “Combinei variedades europeias e momentos de linguagem simétrica ao estilo brasileiro, mais solto e de vegetação tropical”, explica Gilberto. Aqui, o cipreste, árvore típica do Mediterrâneo, convive com o jasmim-manga, uma planta dos trópicos. Um dos muitos atrativos da área ao ar livre é a piscina revestida de pedra vulcânica batu hijau – da água, avistam-se os imponentes famboyants. Outros recantos também despertam boas sensações, a exemplo do pergolado envolto em trepadeiras e da horta de temperos, colhidos e levados à cozinha em dias de almoço entre amigos. Com 2 anos de idade, o jardim é uma obra em evolução, mas já está pronto para aguçar os sentidos e funcionar como um “porto feliz”, do jeito que a dona da casa imaginava.

Um criador de paisagens de sonho

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O nome de Gilberto Elkis despontou para o público apaixonado por decoração em 1995, quando o paisagista lotou de vitórias-régias um espelho-d’água na mostra Casa Cor de São Paulo. Ao usar a espécie amazônica, tão nossa, ele soube surpreender e mexer com a emoção dos visitantes. As duas características – surpresa e afetividade – estariam associadas a seu trabalho dali em diante. Esse foi o momento de descoberta do profissional Gilberto Elkis. Entretanto, sua proximidade com a natureza vem de muito antes: durante a infância, nas incursões da família pelo litoral paulista, ele aprendeu a observar a beleza e a força da mata Atlântica. O amor pelo verde influenciou a escolha da carreira, que, atualmente, soma mais de 20 anos. Desde a Casa Cor das vitórias-régias até hoje, seus projetos incorporaram novas nuances e ficaram mais ecléticos. Curioso, o paisagista viaja com frequência pelo Brasil e exterior para pesquisar plantas, tecnologias e materiais, além de descobrir diferentes culturas. Na bagagem, traz um patchwork de referências. A harmoniosa combinação de estilos – francês, inglês, japonês e italiano – virou outra marca em suas obras. Mais uma: capacidade de despertar os sentidos com fores perfumadas e coloridas, grama para pisar, ervas frescas para dar sabor aos alimentos da cozinha e o canto das águas. Sem falar nos passarinhos, que chegam atraídos por essa festa de sensações.

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