Direto da África: móveis e objetos vibrantes são tendência no décor
A cena do design ferve no continente, que entra no radar do resto do mundo com tecidos, móveis e objetos cheios de cores vibrantes e grafismos únicos, inspirando criadores de outros cantos numa troca riquíssima. Embarque nessa viagem, publicada em CASA CLAUDIA de setembro
“Intensidade.” É com essa palavra que Patrizia Moroso define a cultura africana. Casada com o artista senegalês Abdou Salam Gaye e pioneira ao celebrar a África em 2009, com a coleção M’Afrique, na empresa que leva seu sobrenome, a italiana, ao lado de grandes criadores, como Tord Boontje e Ron Arad, ajudou a colocar o continente em evidência para quem ama design. De lá para cá, segundo Patrizia, o olhar do próprio africano mudou.
“Não sou nenhuma antropóloga, porém acredito que há hoje na África uma noção maior de que ela pode se tornar uma potência no design”, afirma. De fato, surge uma nova geração que se alimenta de inesgotáveis tradições e grafismos, mostra uma cara repaginada para os outros continentes e inspira gente de dentro e de fora. Alguns nomes, como David Krynauw e a dupla Dokter & Misses, apresentam seus produtos nos festivais Design Indaba e 100% Design South Africa, que acontecem, respectivamente, na Cidade do Cabo e em Johanesburgo.
“Nossa África procura se definir em seus próprios termos, e não em referência ao resto do mundo”, diz Cathy O’Cleary, diretora de programa do 100% Design. Esqueça o clichê das máscaras tribais e das estampas de bicho. Espere, no entanto, a expertise de sempre no uso de materiais naturais, na invençãode formas elaboradas e no domínio das cores exuberantes, desafiando qualquer imagem preconcebida de África.