Conheça a obra do designer Bernardo Figueiredo
O designer, que faleceu em 24 de maio, foi conhecido por ter desenhado móveis para o Palácio do Itamaraty.
O designer Bernardo Figueiredo faleceu na última quinta-feira, dia 24 de maio. O período de auge do seu trabalho aconteceu nos anos 60, quando ele se dedicou ao desenho de móveis modernos para casas e escritórios e também para o Palácio do Itamaraty, em Brasília. Em 2011, nove das 75 peças de sua autoria retornaram ao mercado por intermédio da Schuster, fábrica gaúcha. A reedição desse mobiliário despertou o interesse sobre a trajetória de Bernardo, que desenhou casas e instalações comerciais, foi consultor da loja Oca, de Sergio Rodrigues, abriu o próprio estúdio de design, o desenho Brasileiro, e, dez anos depois, retomou a arquitetura, assinando projetos em feiras expositivas internacionais e de edifícios residenciais, comerciais e de 30 Shopping Centers. Confira mais obras de Bernardo Figueiredo na galeria de fotos abaixo.
Leia também uma entrevista feita com Bernardo Figueiredo, em agosto de 2011
(Entrevista concedida a Regina Galvão, editora de CASA CLAUDIA)
Sem poder viajar ao Rio Grande do Sul devido a um problema de saúde, Bernardo Figueiredo acompanhou por e-mail a reedição de sua mobília, que atualizou o processo de fabricação sem desrespeitar o desenho original.
Como se deu a reedição?
Sempre me perguntaram se eu voltaria a desenhar móveis e eu desconversava. Daí, o Museu da Cadeira, aqui, no Rio, encomendou uma réplica da poltrona Rio, de minha autoria. Depois, a Dpot, loja de São Paulo, lançou o sofá Conversadeira. Esses movimentos despertaram o interesse pelos meus móveis e achei conveniente retomar a produção. Procurei a Schuster por sugestão de um amigo e eles disseram ter interesse em fabricar a mobília.
Qual foi o critério de seleção?
Tenho um arquivo com várias fotos de mobília residencial, palaciana, popular e de escritório. Mandei as séries palaciana e residencial e eles escolheram nove itens.
Qual sua expectativa com esse lançamento?
Já se passaram mais de 40 anos e minha mobília virou peça de acervo, o do Itamaraty. Vê-la de volta ao presente é um choque, uma emoção muito forte.