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Confira o encantador projeto do arquiteto Marcos Bertoldi em Curitiba

Repleta de contrastes interessantes, esta casa contemporânea acolhea natureza, o concreto e uma família feliz. Projetada pelo arquiteto Marcos Bertoldi, a obra tira proveito do terreno inclinado para flutuar sobre a mata nativa, mostrando que moderno mesmo é estar em contato com o verde.

Por Reportagem Marina Sell Brik
Atualizado em 26 Maio 2022, 09h11 - Publicado em 30 out 2014, 13h51

“Nossa casa é nosso templo, nosso lugar no mundo.” Com essa reflexão, Ylma Ohara define o conceito de uma morada para a vida toda. Admiradores de arquitetura e design, ela e o marido, Lincoln Matsumoto, sabiam desde o início o que esperavam da casa ideal: contato com a natureza, interação entre a família, lindos objetos e contemporaneidade. “Nos apaixonamos pelo lote em queda e cercado de verde. A ideia era aproveitar ao máximo a luz natural e interferir o mínimo na natureza”, conta Ylma. Para viabilizar o sonho, o casal de empresários convidou a engenheira civil Syonara Thomé, proprietária da construtora Greenwood, para visitar o terreno, que fica em um condomínio de Curitiba. Syonara também é apaixonada por boa arquitetura e logo percebeu que o profissional ideal para projetar a residência da família seria o arquiteto Marcos Bertoldi, cujo trabalho traz forte influência modernista. O entrosamento foi instantâneo e o resultado, impecável. Detalhes preciosos foram acompanhados de perto pela engenheira, como o cuidado com a área verde, com a segurança dos operários – já que se tratava de uma obra complexa –, com o acerto do padrão de cor e alinhamento do concreto aparente, entre outras coisas. “Por ser um terreno inclinado, a obra ainda exigiu um rico detalhamento técnico. Calculista e arquiteto trabalharam em parceria”, conta Syonara. Desejos atendidos, o sonho tornou-se realidade em uma residência de 751 m², projetada por Marcos em 2008. “Logo vislumbrei que a casa teria de ter pouco contato com o terreno. Levantei todo o pavilhão de concreto armado em seis pilares e elegi o pavilhão aéreo como a parte nobre da casa – mais ensolarada, com mais vista e maior potencial de arquitetura”, explica Bertoldi. A morada, formada por dois blocos complementares, “flutua” em seus sólidos pilares, solução para preservar a vegetação local, assim como as linhas de drenagem do terreno. Outro ponto valorizado é a luminosidade natural, aproveitada pelo grande vazio central, que permite que todos os espaços sejam banhados de sol. Mais do que modernista, esta é uma casa moderna, contemporânea, funcional, bela, sem rebuscamentos e permeada por uma relação gentil com a natureza.

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