Casa em Salvador com um quê de vila italiana
No alto da encosta, a construção da década de 50 é emoldurada na Baía de Todos os Santos
Erguida nos anos 1950, a construção tinha um vista incrível, mas estava vazia e malcuidada. Para Marlon Gama, porém, isso não era problema. Ao contrário: ele se apaixonou mesmo assim e resolveu fazer daqui sua casa.
Com a expertise e o talento aprimorados em anos de profissão, o arquiteto enxergou em meio ao caos a inspiração para a reforma – e que reforma! Foram dois anos de quebradeira.
Nesse período, Marlon colocou praticamente tudo abaixo, porém reaproveitou materiais como as esquadrias de madeira, renovadas com pintura preta, e os tijolos que formavam as paredes internas, agora usados no revestimento dos muros e no piso da área externa.
Outros detalhes, embora sejam novos, também contam um pouco da história do lugar – as boiseries presentes em todo o living lembram a arquitetura original da casa de 750 m², quando as paredes tinham, além dessas molduras de madeira clássicas, lindos afrescos, que foram apagados com a passagem do tempo.
A sofisticação se repete nos materiais, como mostra o piso de mármore. E no espaço ao ar livre, com sua atmosfera de terraço italiano. “Gosto de ter jardim, de andar com os pés descalços”, diz o morador, que não se prendeu a um estilo específico e preferiu montar cada cantinho aos poucos e do jeito que sonhava.
Em meio a esse charme todo, Marlon não deixou o desejo de compor ambientes práticos, fáceis de manter e bem aproveitados se perder. O mais frequentado deles fica junto à piscina: em volta da mesa, os amigos se reúnem para deliciosos fins de tarde com vista para o pôr do sol no mar da Baía de Todos os Santos.