Arte: conheça as novas instalações de Inhotim
Instalações, fotografias e obras sensoriais de grande porte fazem parte dos novos pavilhões do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais
O instituto inaugurou recentemente pavilhões de artistas como Miguel Rio Branco e Hélio Oiticica, que traziam já nos anos 1970 discussões que hoje permeiam a ressignificação da arte e que trabalharam na fronteira entre arte pictórica, cinema e fotografia. Há também novos trabalhos das mineiras Rivane Neuenschwander e Marilá Dardot, pensados especificamente para Inhotim. As instalações dos americanos Chris Burden, Doug Aitken e Matthew Barney nos remetem a outras obras de intervenção na natureza.
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O Instituto Inhotim, idealizado no começo dos anos 2000 pelo empresário Bernardo Paz, tornou-se um dos mais grandiosos e importantes lugares para conhecimento e divulgação da arte contemporânea. Nesse mesmo período, a fotografia começou a se estabelecer como a grande forma de expressão do século 21, afirmando-se cada vez mais na contemporaneidade, tanto por fotógrafos que entram no mercado da arte quanto por artistas alheios até pouco tempo atrás à técnica fotográfica que passam a utilizá-la como suporte para suas obras. Por isso, não é de estranhar a opção dos curadores – Allan Schwartzman, Jochen Volz e Rodrigo Moura – pela fotografia neste grande museu a céu aberto ao eleger novas aquisições.
Em todos os trabalhos, de grande escala e que dificilmente estariam expostos em outros museus, a percepção do lugar é fundamental. O desejo de conexão do homem com a natureza se faz presente ao propor uma comunhão de sentidos. Numa época em que tudo parece se dissolver no ar, a arte se torna cada vez mais sinestésica, xigindo do espectador não apenas interação como também disposição para se deixar envolver.