Arik Levy: o israelense que está bombando hoje no mundo do design
Este é um excelente momento para o designer israelense, radicado em Paris, Arik Levy. Suas obras estão em cartaz em exposições na Europa e nos Estados Unidos
Designer, escultor, fotógrafo e videomaker, o israelense radicado em Paris é um cara inventivo. Prova disso são as peças desta galeria. Agora, ele apresenta suas criações na Intimate Formations, em Los Angeles, e na Intuitive Reactions, em Praga. Confira a entrevista exclusiva que fizemos com ele abaixo.
1. Quais são os limites entre design e arte, e como você lida com esses limites?
Ambos funcionam como ferramentas que afetam o espectador, cada um à sua maneira, e permitem acessar partes diversas das nossas emoções e da nossa mente. Mas, em muitos aspectos, todas as facetas da criação fazem parte de uma mesma grande teia que une os sentimentos, os códigos sociais, a natureza, a água, a ciência, as ausências e a psicoterapia. Eu gosto de ambos ao mesmo tempo e com a mesma paixão. Gosto do desafio representado pelo design e da liberdade oferecida pela arte.
2. Qual a marca pessoal de seu trabalho em termos de conceito, seus materiais favoritos e principais fontes de inspiração? Como esses aspectos têm mudado desde que você começou, e por quê?
Todas as minhas peças de design e de arte são imbuídas de sentimentos e emoções. A natureza está sempre presente na minha mente e, portanto, no meu trabalho. Também as noções de movimento e de ciência. Meu material favorito é “inteligência”. Isso nunca mudou, poderia dizer que é minha “assinatura”. Mas ao mesmo tempo, acho que se você juntar 20 ou mais peças minhas será difícil dizer que vieram todas das mesma pessoa. Estilo não deve ser algo baseado apenas em formas ou cores, estilo para mim é simplesmente uma maneira de pensar, e tirar o máximo dos materiais criando com eles algo novo.
3. O que é “bom design”, no contexto contemporâneo?
A definição de “bom design” é design nenhum.
4. O que as pessoas esperam de uma peça de design?
Acho que elas querem peças funcionais acima de tudo. Numa cadeira, você quer poder sentar, num copo, você precisa poder beber… Objetos utilitários devem ser adequados ao seu estilo e modo de vida e os materiais e formas devem relacionar-se com o que você sente e compreende. As pessoas querem comprar objetos que durem e com os quais estabeleçam alguma conexão.