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Apartamento é bem iluminado e decorado com tons alegres

A arquiteta Julliana Camargo escolheu um apartamento bem iluminado só para poder salpicá-lo com as cores que adora

Por Reportagem Visual Olivia Canato | Texto Barbara Heckler | Fotos Marco Antonio
Atualizado em 11 abr 2024, 16h43 - Publicado em 12 dez 2014, 19h35
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Um papel em branco pode ser algo desesperador se você não tiver muitas ideias para preenchê- lo. Não é o caso da arquiteta paulistana Julliana Camargo: ela encarou o projeto de seu apartamento de 200 m², entregue quase cru, como a oportunidade de colocar em prática uma série de insights que colecionava desde a época de estudante. Durante o curso na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Presbiteriano Mackenzie (FAU-Mack), ela fez um intervalo para morar na Itália e se apaixonou pelo design local. “Gosto do mobiliário de lá porque cada peça conta uma história”, diz. De tão encantada, quando ela e o marido, Giovani Caldas, compraram o imóvel para viver com a pequena Maria (e agora com a recém-nascida Luisa), Julliana decidiu que investiria nos itens de seus sonhos. Isso não significa, porém, que a arquiteta abandonou a brasilidade. Além dos bancos assinados pelos mestres Sergio Rodrigues (1927-2014) e José Zanine Caldas (1919-2001), usados como apoio na sala, Julliana escolheu pedra mineira para revestir a parede do jantar e piso de peroba- rosa de demolição vindo de Santa Catarina – as tábuas percorrem todo o apartamento, até a cozinha e o banheiro. E essa não foi a única ideia audaciosa. O projeto é repleto de peculiaridades, como a criação do mezanino com estrutura metálica suspensa por cabos de aço, a escada em balanço e as portas de correr que disfarçam ou revelam o acesso aos quartos. “Quis eliminar o corredor e tornar a circulação a mais fluida possível. O pé-direito duplo, fator determinante para optarmos por este apartamento, reforça a impressão de estar numa casa.” Como o casal trabalha bastante e ainda pratica corrida, passando muito tempo na rua, a proposta era deixar os ambientes aconchegantes, prontos para receber bem. Depois de três anos de inúmeros almoços e jantares, a decoração, que começou do zero, conquistou identidade própria. “Hoje, tenho a sensação de espaços bem vividos, onde cada objeto encontrou seu lugar.”

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