Apartamento chiquérrimo em Porto Alegre é cheio de obras de arte
Cores vibrantes se avizinham de tons sóbrios, o mobiliário antigo se une ao moderno. E a arte da melhor estirpe arremata este apartamento chiquérrimo, em Porto Alegre.
O apartamento tinha acabado de ser construído. Era uma tela em branco quando o designer Ari Lyra colocou os pés – e os olhos ávidos – nos espaços ainda vazios. Entreviu a porta de entrada laqueada no tom cereja, descortinando um universo em que o mármore marcaria presença em parte do piso, na lareira e na bancada junto a uma parede de vidro preto. O mobiliário contemporâneo formaria belas composições com peças mais antigas e itens clássicos – originais – do design do século 20. E viriam também as obras de arte das moradoras, mãe e flha, às quais se somariam outras, trazendo calor, vida e personalidade a cada ambiente. “Uma casa contém a sua história, a sua vivência”, diz Ari. “Não faz sentido sair por aí comprando coisas sem critério.”
Uma coleção cheia de significado
O designer Ari Lyra escolheu as obras de arte do primeiro apartamento da moradora e, neste novo projeto, voltou a realizar esse trabalho. Para ele, as obras dão identidade à casa, “mas precisam fazer sentido para quem vive ali. Se isso não acontece, é melhor deixar as paredes em branco”.
Qual a importância da arte em suas decorações?
Quando me contratam, sempre quero usar obras de arte. É bom para o projeto e é bom para quem vai morar naquele espaço. A arte ajuda a personalizar a casa e, com base nela, o morador vai criando seu próprio estilo, vai compondo seu acervo.
Como você faz suas escolhas?
Depende de feeling, já que não existe regra para comprar obra de arte. Posso ter um Iberê Camargo, que vai custar 100 mil reais, e um artista novo, cujo trabalho terá um preço muito menor.
Quem são os artistas novos que têm chamado a sua atenção?
São tantos! Temos um leque muito bom de talentos hoje. Gosto bastante do Leonardo, do Sidney Amaral, da Vivian Herzog e do Otto Sulzbach.