A elegância de um apartamento reformado por Arthur Casas
Em Copacabana, este apartamento prima pela beleza arquitetônica, em total coerência com a paisagem.
Quando a porta do elevador se abre, é impossível não reparar na cena em frente, com a praia de Copacabana escancarada, emoldurada nos amplos janelões de vidro da fachada. Ou deixar de apreciar a pérgula chique do histórico Copacabana Palace na vista lateral. Fascinado por essas marcas registradas da Cidade Maravilhosaque o cercavam por todos os lados, o arquiteto paulista Arthur Casas, contratado para reformar o imóvel, localizado no célebre edifício Chopin, para um estrangeiro que divide seu tempo entre o Rio e Londres, não teve dúvidas: quebrou tudo.
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Da alvenaria original, sobraram alguns pilares estruturais e a fachada. E nada mais. Em nome de integrar e permear todos os ambientes com a alma e os cenários cariocas tão presentes ali, ele redesenhou a planta com maestria, tornando as três suítes voltadas ora para a praia, ora para o Copa. A paisagem, portanto, se transformou em um quadro, que divide o foco com as obras de arte de artistas brasileiros salpicados pelas paredes. “Com tantos elementos do lado de fora, apostei em economia estética no interior. A decoração é mínima, elegante e harmônica, e as peças dialogam dentro da ideia de que o espaço todo é moldado para odescanso, o relaxamento, sem excesso de tons”, explica Casas. Nem mesmo a cozinha foi compartimentada:ela também se expõe completamente para o visual do mar em frente e, quando necessário, fica protegida por uma porta de correr. “O conceito que busquei desenvolver aqui é que os espaços são democráticos. As circulações, amplas e claras. Quanto menos barreiras, melhor. Com isso, o exterior entra mais intensamente no apartamento, desenhando cenas atraentes”, completa ele, que escolheu usar uma paleta sóbria e básicade tonalidades. Há branco nas paredes e na marcenaria, cru nos estofados e tapetes, e um toque de mel no mobiliário: todos tons neutros e simples, que bastam para definir sofisticação e elegância no vocabulário tão próprio de Arthur Casas.