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A decoração dramática do apartamento da artista plástica argentina

Da distribuição da planta aos detalhes da decoração, tudo dialoga com seu jeito único da moradora pensar, vestir-se, trabalhar e encontrar os amigos.

Por Reportagem Visual Zizi Carderari | Texto Rosele Martins | Fotos Salvador Cordaro
Atualizado em 26 Maio 2022, 11h02 - Publicado em 16 dez 2013, 17h49
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Ela gosta de Pedro Almodóvar, coleções, moda e plantas. E de receber amigos. Mas não é preciso perguntar a Marilu Beer suas preferências para conhecê-las. Basta olhar com atenção o personalíssimo apartamento em São Paulo onde a artista plástica e designer de interiores foi viver cinco anos atrás. “Eu me apaixono pelas coisas e as trago para cá. Estou sempre mudando tudo para acomodar as novidades”, conta, com o sotaque portenho ainda carregado, mesmo depois de 60 anos no Brasil. Apaixoná-la, no entanto, exige originalidade. “Me encanta o que é único. Se as casas são diferentes umas das outras, como podem ter peças iguais?”

Qual foi a inspiração para decorar o apartamento?

Aqui e em meus trabalhos, sigo a mesma filosofa: uma moradia tem de ser fel ao estilo de quem a habita. Reuni apenas o que de fato me agrada e, quando sinto vontade, eu me desfaço do que já tenho e vou em busca de outras peças. Ou mudo a aparência de alguns objetos, trocando seus tecidos ou suas cores.

A distribuição da planta resultou bastante original, praticamente sem divisórias. Por que integrar tudo?

Queria viver numa espécie de loft, por isso eliminei dois dos três quartos. É ótimo estar no living e enxergar o escritório, e vice-versa. Demarquei, contudo, os locais onde havia paredes antes da reforma ao preencher os vãos deixados no piso de tacos com placas metálicas. Não gosto de ferir memórias.

Antes de vir para este imóvel de 235 m2, você morava numa casa maior, então teve de abrir mão de alguns itens. Como escolheu o que trazer?

Elegi o que me remete a bons momentos, sem me preocupar com funcionalidade. Nem tudo precisa ser útil. Amigos me perguntam por que tenho uma mesinha cuja medida é esquisita, muito alta para servir de apoio a quem está sentado. Digo que a uso como suporte ao meu cotovelo quando paro em pé ali do lado.

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