37 ideias originais de organização
Nas histórias a seguir, a ordem trabalha a favor da decoração. Objetos, utensílios e coleções formam arranjos de encher os olhos
Quase tudo à vista
Coisas do dia a dia deixadas à mostra – livros, objetos, tecidos – dão vida e beleza a este apartamento paulistano. “Sou um bagunceiro organizado. Tento colocar uma estética na desordem”, conta o arquiteto e professor José Paulo de Bem. Se todo bagunceiro que a gente conhece fosse assim, impecável: ele agrupou arquivos de pastas e mapotecas que tem há anos no meio da sala e desenhou uma estante aberta para complementá-los. “As prateleiras mantêm acessíveis livros, discos e peças com as quais tenho uma relação afetuosa, como os carrinhos de brinquedo.”
A graça está nos objetos
Apaixonada por arte, por arquitetura, pelas cores e pelos sabores do Brasil, a jornalista e historiadora Cynthia Garcia decorou sua casa reunindo objetos em grupos que se formaram ao longo do tempo. “Não gosto de decoração pronta. Ela precisa de um período de maturação”, diz. Seu modo de organizar cria espaços que expressam seu jeito e sua história. Na cozinha, os utensílios são para ver e usar. “Gosto de deixar tudo à mão. Acho que arrumar as coisas assim ajuda a manter os ambientes limpos.”
Ordem feita de caixas
Leveza é o melhor conceito para defnir o escritório que a arquiteta Ana Luiza Almeida Prado Sawaia montou em casa. A estante desenhada por ela, embora grande, não fcou massuda, pois alterna pranchas e módulos abertos e fechados. “Queria um móvel que deixasse a parede respirar”, explica. Caixas de papelão – uma solução econômica – completam a peça de marcenaria quando é necessário guardar projetos e outros papéis. Já a bancada ganha o reforço das canecas – elas acomodam lápis e pincéis.
Um charme de camarim
Atriz, vaidosa assumida e apaixonada por maquiagem, a carioca Fernanda Nobre fez questão de reservar um quarto inteiro de seu apartamento para o closet. “Adoro o ritual de me arrumar e acho que todos os acessórios e cremes têm que fcar bem acessíveis, senão esqueço de usá-los”, conta. Os potes e as caixinhas ocupam o móvel antigo laqueado de vinho, que serve de penteadeira. Outro charme do espaço é o que Fernanda chama de “arte em processo”: cartazes e programas de peças colados à parede.
*Matéria publicada em Casa Claudia #617 – Janeiro de 2013