18 mesas de design estão expostas no Museu História Nacional, no Rio
Até o dia 31 de janeiro, mesas assinadas por designers nacionais estão expostas no museu no Rio de Janeiro.
Seis designers e as várias possibilidades que o traço de uma mesa tem a oferecer – e surpreender. Com esse tema na cabeça, Marcelo Vasconcellos, o nome por trás da MeMo (Mercado Moderno, loja especializada em mobiliário de design assinado com traço modernista) e Zanini de Zanine saíram em campo para selecionar um leque notável peças do gênero desenvolvidas com as mais diversas matérias-primas e estilos. O resultado está em cartaz, até o dia 31 de janeiro, na exposição “Isto é uma mesa”, no Museu Histórico Nacional, no centro do Rio. “O interessante é que esse móvel, em geral previsível, pode apresentar diferentes características na mão de cada profissional. Vai ser uma oportunidade interessante para perceber como uma peça aparentemente trivial no nosso cotidiano pode virar outra coisa a partir de boas doses de criatividade. Pensar fora dos padrões é sempre uma possibilidade bem-vinda”, considera o curador Marcelo Vasconcellos.
Nomes como Rodrigo Calixto e Guilherme Saas, da Oficina Ethos, mostram sua expertise com a madeira — matéria-prima que elegeram e trabalham de forma artesanal — sem pregos e privilegiando apenas encaixes. Já Leo Capote, com seu olhar irreverente, usa porcas e martelos para montar formas imprevisíveis. Tubos de cobre, que se conectam em grandes labirintos estéticos, dão forma à criatividade da arquiteta paulistana Carol Gay. Influenciado pelas artes plásticas, Alê Jordão incorpora em suas peças com sotaque lúdico traços da identidade urbana, como vidros blindados e partes de carros antigos. A carioca Katharina Welper, conhecida por seus mosaicos hiperrealistas, apresenta aqui sua primeira criação no universo do móvel contemporâneo. São ao todo 18 mesas (3 ou 4 por participante), que buscam disseminar, entre o público médio de 20 mil pessoas por mês do museu, o gosto pelo design criativo e em linha com a identidade e matérias primas nacionais. “Essa mostra é a primeira de uma série de quatro, que vão se realizar agora em 2014, todas focadas nas expressões contemporâneas da cultura brasileira. No acervo, o MHN já incluí também, de forma permanente, peças de Alê Jordão, Carolina Armellini, Fernando Mendes de Almeida, Gustavo Bittencourt, Guto Índio da Costa, Paola de Orleans e Bragança, Paulo Blacchi, Rodrigo Almeida e Sérgio Mattos”, revela Otavio Nazareth, da editora Olhares, que participa da realização da exposição.
Serviço:
Praça Marechal Ancora, s/n, tel. (021) 2550-9220.