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Use o TCC (ou TGI) para arrumar emprego

O Trabalho de Conclusão de Curso, prático ou na forma de monografia, pode ser passaporte para o mercado

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 01h40 - Publicado em 13 abr 2010, 21h00
Use o TCC (ou TGI) para arrumar emprego

Um bom TCC (também conhecido 
como TGI) é ótima vitrine para te 
colocar no mercado de trabalho
Foto: Getty Images

Dezesseis anos atrás, um estudante de 22 anos, colecionador de caveiras, causou polêmica ao apresentar o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Faculdade Santa Marcelina de Moda. A proposta era fazer um desfile com três peças, mas o aluno foi além: exibiu dezessete roupas na passarela e ousadias como modelos carregando bonecos ensanguentados (à base de tinta, claro). O projeto tirou nota dez e arrancou elogios de personalidades como a fashionista Costanza Pascolato. A partir daí, o universitário Alexandre Herchcovitch virou grife, reconhecida hoje por estilistas de todo o mundo. ”O TCC é uma oportunidade de mostrar mais do que pedem a você e surpreender”, diz ele.

Todo ano, milhões de pessoas ingressam nas universidades brasileiras, mas em média somente 20% delas se formam. Em 2007, pelo menos 755 mil estudantes conquistaram um diploma. Passada a formatura, esse batalhão de gente cai no mercado para brigar por um emprego. Ter um bom TCC para apresentar pode fazer diferença nessa disputa, mesmo quando os concorrentes são mais experientes.

Os quatro sócios da empresa Colletivo (www.colletivo.com.br), fundada por colegas que se formaram em 2003 no curso de design digital da Universidade Anhembi Morumbi, só tinham o próprio TCC no portfólio quando o negócio abriu as portas. Graças ao projeto, foram contratados de cara por uma empresa dos Estados Unidos para um trabalho pelo qual receberam US$ 5 mil (mais de dezesseis vezes o valor que pediram ao enviar o orçamento, US$ 300). ”Os americanos adoraram o nosso projeto”, conta Vanessa Queiroz, 32. ”Era uma releitura do filme Apocalypse Now em CD-Rom, peça gráfica e site.”

TCC: um cartão de visita

Gerente de desenvolvimento da empresa Companhia de Talentos, Sandra Cabral sugere a quem ainda vai fazer um TCC conversar com profissionais de fora da faculdade sobre o projeto que se pretende desenvolver – e adequá-lo ao mercado. ”Quem quer publicar um livro, por exemplo, pode consultar editoras sobre um possível interesse em publicá-lo”, diz. O mesmo conselho vale para pessoas que ainda guardam o seu TCC de anos atrás. ”O ideal seria adequar o material às necessidades atuais do seu segmento e utilizá-lo como uma espécie de cartão de apresentação”, diz Sérgio Amadi, coordenador da área de RH da Fundação Getúlio Vargas (FGV). ”Se for o caso, vale enviá-lo para seus antigos orientadores.”

Cinco anos depois de se formar em jornalismo, a hoje escritora Vanessa Barbara, 27, recuperou o livro-reportagem que fez como projeto de TCC sobre a rodoviária Tietê (SP). Revisou o conteúdo (aprovado com nota máxima), entrou em contato com algumas editoras e, enfim, negociou a publicação de O Livro Amarelo do Terminal pela editora CosacNaify. ”Talvez o sonho de me aposentar aos 30 anos esteja próximo”, brinca ela.

Quando você deve se preocupar com o TCC

Se você é universitária e ainda não começou a fazer seu TCC, trate de começar já! ”As faculdades geralmente não incentivam os alunos a pensar em boas ideias desde o primeiro ano”, critica o economista Cláudio de Moura Castro, mestre em educação. ”Só se pensa no TCC no último ano. Aí, é tarde demais para exigir algo genial mesmo.” Bem mais radical, o romancista italiano Humberto Eco dá conselhos no livro Como se Faz uma Tese (Perspectiva): ”Se quiser fazer uma tese de seis meses gastando apenas uma hora por dia, então é inútil discutir. Para não correr o risco de trabalhar em uma tese medíocre, copiem logo um trabalho qualquer e pronto”.

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