Ganho mais de R$ 2 mil por mês como manicure
No salão em que trabalho, atendo até gente famosa. Faturo quase cinco vezes o piso salarial. Aprenda comigo a ser uma profissional de destaque
à toa que eu estou há tanto tempo na área!
Foto: arquivo pessoal
Esmalte me dá aflição! Deixa minha mão pesada e me atrapalha no trabalho. Só passo, mesmo, quando tenho algum evento importante para ir. Ainda assim, ao chegar em casa, tiro-o das mãos, antes mesmo de limpar a maquiagem. É engraçado dizer, mas, apesar de não gostar de pintar minhas próprias unhas, sou manicure. Estou na área há mais de 20 anos. Meu prazer é caprichar nas unhas dos outros!
Já comecei em teste
Eu me interessei pela profissão em 1988. Olha só como são as coisas: uma amiga minha era manicure e me deu algumas dicas. Passei a fazer as unhas das minhas irmãs em casa. Aí, tomei coragem e fui a salões me oferecer para trabalhar. A maioria deles, antes de contratar, testa a manicure. Geralmente, pegam alguém da gerência e, pior: mandam passar esmalte vermelho!
Meu teste foi com uma pessoa que roía as unhas! Foi bem difícil, mas me saí bem. Acho que, para se dar bem nessa etapa, é preciso botar o olho no relógio. Claro que precisamos caprichar, mas sem ultrapassar o tempo médio, de meia hora a 40 minutos.
Nem acreditei quando recebi a notícia de que havia sido escolhida. Era um salão pequeno em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. Pouco tempo depois, surgiu um teste para o Jean Yves, salão em Ipanema, um dos bairros mais chiques da cidade. Foi lá que fiz a minha carreira e é onde estou até hoje! O salão é grande e de luxo!
Me reciclo sempre
Não é à toa que eu estou há tanto tempo na área. Procuro ficar antenada em cursos. Já fiz um de podologia e outro de unhas de silicone. Mas acredito que, nessas aulas, pegamos apenas a teoria. É a prática que leva à perfeição!
Quando o assunto é técnica ou uso de materiais, eu também fico ligada! Hoje, por exemplo, não tem mais nada a ver colocar a mão da cliente na água para amolecer a cutícula – eu uso uma luva própria para isso.
Além disso, lixa, palito, lixa de pé… tudo deve ser descartável. Mantenho meus alicates afiados e os esmaltes sempre novos. Além disso, organizo meus esmaltes por categorias de cores. Aí, se a cliente pede tons de rosa, ela já abre minha pasta no compartimento certo. Isso é uma praticidade e faz com que meu nome esteja sempre na boca das pessoas!
Subi na vida
Vim de família humilde. Tenho nove irmãos, sendo sete mulheres. Dessas, cinco são cabeleireiras. Apenas eu e mais uma somos manicures. Sempre moramos em locais modestos. Estudei até o antigo terceiro colegial. Daí, tentei a vida como manicure. Deu certo! Hoje, ganho por comissão: metade do valor de cada cliente que atendo é meu. Apenas como manicure tiro cerca de R$ 2 200 por mês. Como também fiz curso de depilação, meu salário total alcança até R$ 3 200!
Minha filha mais velha até está fazendo um curso para seguir os meus passos. Digo para ela fazer tudo com amor! Aliás, acho que essa é a principal dica para quem está começando.
Atendo até famosas
Quando o salão era na zona oeste do Rio, mais perto da TV Globo, comecei a atender a atriz Marieta Severo. Ela veio me procurar, indicada por uma amiga, cliente minha. Um dia, chegou a Andréa Beltrão, perguntando pela Rosa Maria (euzinha!), ”a manicure da Marieta”. Imagina?
Com a Deborah Evelyn também foi na base do boca a boca: eu estava atendendo a Marieta, quando a Deborah chegou e pediu para eu fazer as unhas dela. Também faço as da cantora Adriana Calcanhotto e da atriz Tônia Carrero. Sei o gosto de cada uma delas: as cores, o jeito de tirar a cutícula, como cortar… Isso gera uma identificação que só faz aumentar a minha rede de clientes!