Lições para pintar o cabelo sem prejudicar a saúde e os fios
Confira 5 lições para pintar os cabelos sem prejudicar os fios e a sua saúde
Meninas com cabelo crespo devem redobrar os cuidados na hora de colorir para não ressecar ainda mais os fios
Foto: Getty Images
Não basta colorir os cabelos, é preciso também cuidar dos fios para que eles se mantenham saudáveis e saber escolher a coloração certa para que a química não prejudique a saúde. Pensando nisso, reunimos 5 dicas que você precisa conhecer para tingir os fios sem que sejam cometidos danos.
1. Aumente o intervalo entre os retoques
Como – Escolha xampu, condicionador e máscara indicados para cabelos tingidos.
Por quê – Esses xampus são isentos ou apresentam baixa concentração de laurilsulfato de sódio, detergente que remove a sujeira e o excesso de oleosidade e os pigmentos da coloração (o desbotamento é rápido). Cremes para cabelos tintos contêm agentes que melhoram a textura e fortalecem o fio contra as agressões externas. “Com produtos específicos, o tempo de retoque vai de 20 para 35 dias”, calcula o cabeleireiro Robson Trindade, do Red Door Salon and Spa, em São Paulo.
2. Fique de olho na hena
Como – Leia o rótulo para se certificar de que ela é isenta de chumbo. Como o chumbo pode ficar “escondido” em alguns pigmentos, o conselho de Lucila Romano, gerente de produtos da Surya, é que, além de ler o rótulo, a consumidora ligue para o SAC da empresa para se certificar de que ele é ou não isento do metal.
Por quê – “Em gestantes, a presença do chumbo pode afetar o sistema nervoso do bebê”, alerta a farmacêutica Sherlise Macelino, da Weleda, em São Paulo. Quem não está grávida pode usar tranquilamente. Melhor ainda se seu cabelo for oleoso, misto ou com caspa, já que o produto tem ação adstringente, anti-inflamatória, antifúngica e antibacteriana. Preocupada com o ressecamento? A dica é adicionar ao pó diluído em água 1 colher (de sopa) de óleo vegetal como o de calêndula, de amêndoa ou de jojoba, se o seu cabelo for crespo, ou iogurte natural integral, se for frágil. Em tempo: como a hena sai gradualmente após seis ou oito lavagens, a recomendação é reaplicá-la uma vez por mês, para reavivar a cor, ou a cada 15 dias, para cobrir os brancos.
3. Dê um tempo na amônia
Como – Os tonalizantes são uma boa alternativa, especialmente se você tem poucos fios brancos e não quer mudar radicalmente, apenas intensificar o brilho ou reavivar a cor. “Apesar de mais suave, o tonalizante não pode ser usado por grávidas nos três primeiros meses, o principal período de formação do feto. Embora especialistas digam que não há nada de mal em usar o produto, se der algo errado com a gestação, a mãe pode ficar encanada, achando que a culpa é do produto. Melhor evitar. Depois dos três meses, converse com seu médico”, avisa a dermatologista Juliana Neiva, do Rio de Janeiro.
Por quê – A amônia age no interior da fibra capilar, oxidando os pigmentos naturais e alterando-os para sempre – para removê-la, só cortando. Nesse processo, os fios, principalmente os crespos, ficam ressecados. “No couro cabeludo sensível, o ativo causa irritação e pode levar à descamação, que muitas vezes é confundida com caspa. Outro inconveniente é o cheiro forte, que faz os olhos arderem”, fala a dermatologista Érica Monteiro, de São Paulo. Vale lembrar que somente a amônia é capaz de cobrir 100% dos brancos, manter a cor por mais de dois meses e clarear até quatro tons, transformando uma morena em loira. Para amenizar o impacto, a solução é intercalar o uso da tintura permanente, que tem amônia, com o tonalizante.
4. Evite alergias
Como – Aplicar na testa, nas orelhas e na nuca produtos que formam uma barreira protetora na pele, como pomada para cabelo ou filme protetor. “Com isso, você ainda evita que a coloração provoque manchas que demoram até dois dias para desaparecer”, diz o cabeleireiro Tony Sant’Anna, do salão Club Capelli, no Rio de Janeiro.
Por quê – “O contato com a química pode causar coceira, descamação e vermelhidão, sintomas que aparecem horas ou até dias depois”, avisa a dermatologista Renata Magalhães, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Há o risco de acontecer o mesmo com os corantes, mesmo eles sendo fortemente regulamentados. É o caso do parafenilenodiamina (PPD).
5. Prove tinturas com ativos naturais
Como – Um bom exemplo são as proteínas do arroz e os biopolímeros marinhos, que amenizam a agressão da coloração ao cabelo.
Por quê – Esses nutrientes fecham a cutícula dos fios e formam um filme protetor ao redor deles, tornando-os mais resistentes e dificultando a saída de água e pigmentos. Com isso, você tem hidratação, brilho e cor por mais tempo.