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Escova progressiva ácida é prejudicial aos cabelos, indica estudo

Apesar de garantir melhor alisamento, as fórmulas muito ácidas danificam profundamente os fios

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 16h41 - Publicado em 17 jun 2019, 18h42

Em meados de 2011 para 2012 o formol foi proibido por lei de fazer parte da composição de produtos cosméticos. Por ser extremamente tóxico para os cabelos e a saúde como um todo, seu banimento foi um passo em direção a um mercado de beleza menos agressivo aos consumidores e profissionais da área.

Porém, ainda estamos longe de alcançar o cenário ideal como mostra um estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). Analisando produtos utilizados na técnica da escova progressiva, a pesquisadora Alessandra Mari Goshiyama descobriu que alguns possuem níveis de acidez maior que a encontrada em limões.

Essa acidez elevada garante que o procedimento tenha um efeito mais duradouro. Em contrapartida, danifica os cabelos de modo mais severo, ao ponto de atingir a estrutura interna dos fios.

Para medir a acidez de uma substância, é preciso analisar o valor de seu pH. Quanto menor ele for, mais ácido o composto será. Atualmente, a Anvisa permite somente a comercialização de um alisante com pH baixo, o ácido glioxílico. Quaisquer fórmulas que possuam o indicador próximo a 1 são proibidos.

Para tentar derrubar essa proibição, parte dos fabricantes desses produtos alegam que a pouca acidez prejudica os efeitos do alisamento. E, de fato, as formulações mais ácidas possuem maior facilidade em selar as cutículas, deixando o cabelo mais liso e brilhante.

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Esse resultado vem da criação de um filme ao redor do fio, que, por ironia, é exatamente o que pode deixar o cabelo ressecado e quebradiço ao impedir que tratamentos alcancem seu interior. Isso não quer dizer que quem faz progressiva ou outro alisamento deva parar com as hidratações, muito pelo contrário.

Durante o estudo, mechas alisadas com produtos de pH 1 e 2 foram submetidas a testes de penteabilidade e resistência. No primeiro, comprovou-se o que já sabia sobre o maior potencial de alisamento do pH 1.

Contudo, o segundo teste demonstrou que os alisantes mais agressivos enfraqueceram as amostras, retirando sua elasticidade natural. “O produto forma compostos não ideais no cabelo e modifica a alfa-queratina, aminoácido essencial da fibra capilar”, explicou Alessandra ao Jornal da USP. Em alguns casos, os danos foram quase irreversíveis.

Orientando a pesquisa, a professora Maria Valéria Robles Velasco afirma que a Anvisa analisa a possibilidade de liberar produtos com pH a partir de 1,5 e destaca: “Na Europa, qualquer produto com pH abaixo de 2 deve ser vendido com alerta de corrosivo na embalagem”.

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