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Fábio Garcia escreve sobre televisão desde 2012, mas consome a telinha desde que se entende por gente. Ama programas ruins que dão a volta e ficam muito bons
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Crítica: ‘Segundo Sol’ prometeu uma coisa e entregou outra

A novela das nove veio com gostinho de propaganda enganosa, mas deu pra passar o tempo.

Por Fábio Garcia
Atualizado em 17 jan 2020, 10h21 - Publicado em 10 nov 2018, 10h22

Não sei vocês, mas me senti muito enganado com ‘Segundo Sol. O autor João Emanuel Carneiro me iludiu insinuando que seria uma novela sobre um cantor de axé decadente fingindo a própria morte, mas na verdade a história era sobre uma marisqueira que precisou fugir do país devido a uma acusação injusta de crime. De volta ao Brasil anos depois, ela correu atrás de recuperar o amor de sua vida e os filhos perdidos.

Temos décadas e décadas de novelas, e a trama de ‘Segundo Sol’ é um requentamento do requentamento de um clichê usado aos montes. A própria novela antecessora, ‘O Outro Lado do Paraíso‘, usou esse mesmo artifício da mocinha que retorna querendo vingança e recuperar o filho tirado à força. Será que não havia ninguém na Globo para falar “amigo, vamos pensar em outro tema?“.

Da esq. para a dir.: Giovanna Antonelli, Emilio Dantas e Deborah Secco, o trio de protagonistas de “Segundo Sol” (Rede Globo-João Cotta/Divulgação)

Nem mesmo a ambientação ajudou João Emanuel Carneiro. Colocar ‘Segundo Sol’ em Salvador era uma chance excelente de vermos uma diversidade étnica na novela, mas isso ficou apenas nos figurantes: o elenco principal da trama era branquíssimo, com uma ou outra exceção. Tanto que rendeu uma crítica (justa) sobre a falta de representatividade negra nas novelas da Globo. Por mais que a Globo tenha tentado consertar isso no meio do caminho, isso é algo que deveria ter sido pensado antes.

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A história também não ajudou muito na trama. 90% das ideias de ‘Segundo Sol’ eram reaproveitadas de outras novelas do autor, então ficou a sensação de que o público estava vendo um “Vale a Pena Ver de Novo” com trilha de axé conceitual no horário das nove. Não empolgou, mas pelo menos não causou uma rejeição de uma ‘A Lei do Amor‘ da vida.

No fim, ‘Segundo Sol’ serviu para reafirmar bons talentos da televisão. Emilio Dantas já entra no rol de ótimos atores da Globo, fazendo parzinho com Deborah Secco, Adriana Esteves, Chay Suede e Letícia Colin. Outros atores muito bons não tiveram oportunidade de mostrar serviço, como Nanda Costa, Fabrício Boliveira e Roberta Rodrigues. E podemos ficar de olho em Danilo Mesquita, porque esse pode aparecer cada vez mais nas novelas.

E que ‘O Sétimo Guardião‘ consiga manter o bom índice de audiência da faixa das nove, que bem em boa fase desde ‘A Força do Querer‘.

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