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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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4 dicas para ter saúde mental no trabalho, segundo especialista

Ao acompanhar o episódio de Simone Biles nas Olimpíadas, a colunista reflete sobre autoestima e bem-estar emocional na carreia

Por Rachel Jordan
3 ago 2021, 20h56

Considerada a maior estrela dos Jogos Olímpicos de Tóquio em sua modalidade, a ginasta americana Simone Biles, de 24 anos, surpreendeu o mundo ao desistir de participar das competições finais que poderiam lhe garantir novas medalhas e manter inabalado seu status de número 1 da ginástica.

Ao justificar publicamente sua atitude, Biles afirmou que priorizou sua saúde mental e seu bem-estar e que se sentia em paz com a sua decisão.

A iniciativa da atleta dividiu opiniões mundo afora e abriu um importante canal de discussão sobre como conduzimos nossa vida pessoal e profissional.

Enquanto para alguns o ato de Biles foi visto como sinônimo de fraqueza e covardia, para a maioria sua decisão foi encarada como um ato de coragem e de amor-próprio.

Ao acompanhar o desenrolar do episódio vivido corajosamente pela atleta, refleti sobre como muitas vezes somos conduzidas por um caminho que nem sempre foi o escolhido ou desejado por nós, de como minamos nossa autoestima e nossa saúde mental.

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Quantas vezes já enfrentamos situações profissionais que testaram nossos limites ou que fizeram com que nos sentíssemos fracassadas, sem qualquer amparo psicológico, por não atender a algumas expectativas?

Meu objetivo nesse espaço não é avaliar a decisão de Biles, e sim ressaltar o quanto ela nos ajudou a olhar para dentro de nós mesmas e pensar sobre o poder que temos, ou deveríamos ter, sobre nossas escolhas.

Muitas vezes sufocamos nossos desejos com receio de frustrar a expectativa do outro ou de sermos vistas como profissionais fracassadas, que não conseguem atingir o objetivo esperado por todos e entregar resultados positivos sempre.

Todos os dias somos exigidas no nosso máximo e muitas vezes não sabemos como enfrentar adversidades que deviam ser compartilhadas e entendidas pelos nossos líderes.

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Será que alguém se preocupa com o nosso querer? Será que estão abertos a entender como estamos emocionalmente, o que realmente desejamos e o que nos deixa felizes e realizadas como mulher e profissional?

Biles quebrou um tabu que se reflete em todas nós. Como consultora de imagem, atendo mulheres de diferentes perfis e idades.

Muitas passam parte de suas vidas exercendo profissões que foram escolhidas para agradar aos pais e até mesmo ao marido. Não são poucas as que decidem fazer transição de carreira e começar do zero na profissão que de fato querem exercer depois de anos de insatisfação pessoal.

Não podemos continuar pautando nossas escolhas para atender a um consenso de que um determinado comportamento é o melhor. Diga não a qualquer tipo de pressão que vá na direção contrária ao que você deseja.

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Se optarmos por recusar um cargo importante para cuidar de nossos filhos ou simplesmente para manter nossa qualidade de vida, ninguém tem o direito de nos criticar.

Assim como não devemos julgar quem decide não abraçar uma oportunidade de estudo ou trabalho no exterior porque não quer ficar distante da família. As escolhas devem ser nossas e precisamos nos responsabilizar por cada uma delas.

O mundo contemporâneo nos coloca na posição de reféns e precisamos estar atentas a isso. Seja no mundo virtual ou real, por que não podemos ser nós mesmas e manifestar o que estamos sentindo?

Muitas vezes “criamos”, sem nos darmos conta, uma personagem que está em sintonia com a expectativa do outro e não de nós mesmas, seja nas mídias sociais, no ambiente social ou profissional.

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Assim como Simone Biles, ou mesmo a tenista japonesa Naomi Osaka, que declarou ter enfrentado diversos momentos de depressão, não devemos abrir mão daquilo que nos faz bem, que nos deixe em paz com a nossa saúde mental.

Com a proposta de contribuir para juntas refletirmos sobre padrões de comportamento que atravessaram séculos, não só nos esportes, como em nossa vida profissional, proponho quatro reflexões de autoconhecimento e de respeito a você.

Escolhas

Não tenha medo de desistir de algo que só atenderá a expectativa do outro. Pense primeiro em você, naquilo que a fará crescer como pessoa e profissional. Esteja preparada para decidir com responsabilidade, medindo as consequências de cada escolha, mas sempre fazendo o que é melhor para você.

Atitude

Não tenha medo do julgamento alheio ou de ser vista como uma profissional fracassada. Não adianta fazer o mundo feliz se não estiver em paz e em sintonia com você mesma. Se posicione, exponha seus pensamentos e vontades, jogue limpo com seus gestores ou colaboradores. Acredite, isso pode ser feito sem desrespeitar o outro ou a você mesma.

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Maturidade

Não se submeta a pressões por resultados que colocarão em xeque a sua saúde física e mental pela exaustão do trabalho. Tente desenvolver sua inteligência emocional para avaliar cada situação e dizer não ao que é abusivo no seu ambiente profissional. Você não precisa dar conta de tudo e de todos, tudo pode, e deve, ser negociado.

Limites

Não caia na armadilha de ser a melhor sempre. Biles nos deu um ensinamento ao reconhecer um momento adverso. Se você é uma colaboradora acostumada a dar resultados positivos, reconheça suas limitações, converse com seu líder e exponha o seu problema e aquilo que está sentindo. Se está na posição de gestor, não tenha medo de mostrar suas fragilidades em determinado momento, isso não fará de você uma profissional menos capacitada e respeitada.

 

 

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