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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.
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Filhos precisam ser incluídos nas conversas sobre o coronavírus 

Para ajudar na formação do pensamento crítico de nossos filhos, Stéphanie Habrich aborda notícias gerais de um jeito descomplicado e assertivo

Por Stéphanie Habrich
Atualizado em 23 abr 2020, 15h54 - Publicado em 11 mar 2020, 18h00

O novo coronavírus é o assunto do momento – e, como tal, também está na boca de crianças e adolescentes. Assim como nós, adultos, os jovens têm dúvidas sobre a doença e estão preocupados com a sua capacidade de disseminação. Por isso, acredito que seja dever dos pais e responsáveis conversar sobre o tema com os adolescentes e as crianças, de modo a esclarecer dúvidas e levantar questões que podem estimulá-los a refletir sobre aspectos sociais e até econômicos relacionados à nova doença. Confira, abaixo, dicas de como abordar o assunto com os mais novos.

Explique sobre as medidas de proteção

É importante que os jovens saibam quais cuidados devem tomar para se proteger da doença. Explique para eles que é importante, com regularidade, lavar as mãos por pelo menos 20 segundos, evitar tocar nos olhos, boca e nariz, cobrir o nariz ou a boca com o braço (e não com as mãos) ao tossir e espirrar, entre outras medidas preventivas. Essa conversa sobre prevenção também pode ser um gancho para falar sobre a importância da higienização no dia a dia – independentemente da epidemia do novo coronavírus. Os jovens devem entender que hábitos como lavar as mãos e cobrir a boca com o braço ao tossir ou espirrar devem ser feitos sempre, pois nos ajudam a prevenir uma série de doenças e evitam a transmissão de vírus para outras pessoas. Também vale lembrar que máscaras só devem ser usadas por quem está com alguma doença respiratória, de forma a evitar que o vírus contamine quem está saudável – e que, portanto, não deve usar máscara.

Não faça alarmismo

É evidente que o novo coronavírus é uma doença séria e que há motivos para preocupação. No entanto, isso não significa que devemos entrar em pânico. É importante explicar para os jovens que as chances de o novo coronavírus levar uma criança ou adolescente à morte são muito baixas. Até o momento, não há nenhuma morte confirmada entre pessoas de 0 a 9 anos e a taxa de mortalidade de indivíduos entre 10 e 19 anos é de 0,2%.

Ao mesmo tempo, o novo coronavírus pode ser o ponto de partida para conversas sobre outras doenças que também merecem a nossa atenção. No ano passado, por exemplo, o Brasil registrou 1.439.471 casos de dengue e 9.813 de zika. Já que estamos falando tanto sobre prevenção ultimamente, por que não aproveitar para falar também sobre como evitar essas doenças que tanto atingem a população brasileira?

Ressalte a importância de olhar para os grupos mais vulneráveis

A faixa etária mais afetada pelo novo coronavírus é a dos idosos – a taxa de mortalidade em pessoas de 80 anos ou mais é de 14,8%. Portanto, a doença pode servir como oportunidade para falar sobre empatia. O que podemos fazer para proteger a população mais velha? Você está levando em consideração o fato de que as medidas de prevenção são importantes, também, para evitar que o vírus se espalhe e se aproxime dessa parcela mais vulnerável da população?

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Fale sobre fake news

Temos visto, nos últimos meses, uma disseminação muito alta de conteúdos falsos sobre o novo coronavírus. Acredito que a melhor forma de “proteger” nossos jovens contra essas informações é debatendo o tema. Com os meus filhos, tento ensinar a partir do exemplo: mostro que também estou exposta a conteúdos duvidosos, mas que estou constantemente aprendendo estratégias para não acreditar em tudo o que leio, vejo ou ouço. Você pode dizer: “Outro dia eu vi uma notícia sobre o novo coronavírus e fiquei em dúvida se era verdade ou não. Pesquisei sobre o assunto e descobri que não era nada daquilo. Você também já viu alguma coisa que achou suspeito?”. Então, ele ou ela pode responder: “Ah, eu assisti a um vídeo no YouTube que falava sobre X e Y”. Se a informação trazida for questionável, você pode, com calma e tranquilidade, perguntar: “Será? Mas isso parece estranho, não? Qual é a fonte desse conteúdo?”.

Aproveite para conversar sobre a globalização

O novo coronavírus é uma doença que começou na China e que se espalhou para o mundo todo. Esse fato pode ser o gancho para falar sobre globalização com os jovens. Como a doença está afetando a economia mundial? Há fábricas no Brasil, por exemplo, que estão dando férias coletivas para parte dos funcionários porque peças chinesas, necessárias para a produção, não estão sendo produzidas – diversas fabricantes na China não estão funcionando devido ao novo coronavírus. Outro caminho possível: você viu que diversos eventos culturais e esportivos estão sendo cancelados ao redor do mundo devido à epidemia? Por que a doença prejudica o turismo em diversos países? É interessante destacar que o que acontece em uma nação acaba afetando a outra. Siga atento ao noticiário sobre o novo coronavírus e aproveite também as boas notícias – como a queda no crescimento de novos casos na China – para o bate-papo em casa.

Stéphanie Habrich é Diretora Executiva do Joca. Franco-alemã que cresceu no Brasil, Stéphanie é formada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, com Mestrado em International Affairs pela Columbia University, em Nova York. Atuou 8 anos no mercado financeiro em Nova York e no Brasil, em bancos como Deutsche-Bank e BNP Paribas. Fundadora e Sócia-diretora da Magia de Ler, organização que produz o Jornal Joca, primeiro e único jornal do Brasil voltado para jovens e crianças.

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