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O dia em que fui rejeitada por um cachorro em uma feira de adoção

Querer nem sempre é poder. Para adotar um bichinho de estimação que combine com a sua personalidade, é preciso ter paciência

Por Clara Novais Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jun 2018, 18h12

Quando tomo uma decisão importante sobre a minha vida, um imediatismo toma conta de mim para que a mudança ocorra logo – e não foi diferente quando decidi adotar um cachorro. Precisava ser para já! Há um ano vivo sozinha no centro de São Paulo e, apesar de todas as maravilhas que isso proporciona, estava me sentindo muito solitária. Um cãozinho parecia a solução perfeita para trazer alegria ao lar. Porém, como passo o dia todo no trabalho e adoro uma farra no final de semana, primeiro pensei que isso seria uma atitude egoísta. Um pouco mais de reflexão, no entanto, me fez pensar na quantidade de animaizinhos por aí esperando para receber o amor de uma família e em como eu podia transformar positivamente a vida de um deles.

Então, depois de algumas semanas de hesitação, um comentário do meu pai dizendo que me compraria um cachorrinho foi o empurrãozinho final para tomar essa decisão. Expliquei para ele que existem muitos animais abandonados a espera de um lar e, por isso, eu preferia adotar. Mesmo assim, ficaria feliz com uma ajuda financeira para comprar caminha, tigelas, brinquedos e tudo mais que fosse necessário para receber bem o animal. Combinado feito, acertei comigo mesma de ir na próxima feira de adoção a se realizar em São Paulo para encontrar meu novo amigo.

A cidade costuma ser tomada por eventos desse tipo em diversas regiões aos sábados. No entanto, o primeiro após a minha decisão caiu no meio de um feriado e só encontrei uma feira para ir. Acordei animada, depois de sete dias inteiros esperando por esse grande dia e, ao chegar lá, fiquei um pouco frustrada ao ver cachorros grandes demais para se sentirem confortáveis no meu apartamento. Mas não demorou muito para avistar um pequenininho escondido debaixo da cadeira.

Enquanto os outros interagiam entre si e com os visitantes, o fofinho estava na dele e parecia um pouco deprimido. Vê-lo assim me partiu o coração. Seu nome era Ted, havia sido abandonado por uma família e já estava com cerca de 3 anos. “Você quer dar uma volta com ele?”, perguntou o responsável pelo evento. Resolvi dar uma chance ao rapaz que parecia precisar muito de carinho mesmo a minha intenção inicial sendo adotar uma fêmea filhote.

Ted na coleira, fomos passear. Percebi rápido, no entanto, que a gente não se tornaria uma família. Tentei chamar a sua atenção de diversas formas, e ele não me olhava de jeito nenhum. Disse seu nome, fiz carinho na cabeça e nada do bichinho me notar. Indiferença total. Sua preocupação maior era em fazer xixi no máximo de lugares possíveis ao longo do nosso trajeto. Nenhum contato visual, nenhuma investida em sentir meu cheiro. Minha amiga ainda tentou fazer um registro nosso juntos, mas tudo que conseguiu foram fotos dele cheirando o chão enquanto eu parecia animada com a possibilidade de nos tornarmos amigos.

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Infelizmente, não podia levar para casa um animal que não me deu a menor bola. Até me sugeriram de passar alguns dias com ele, porém, se tem uma coisa que aprendi nessa vida, foi a perceber quando alguém não quer nada comigo – e esse era o caso do Ted. Pensei o quanto seria terrível caso realmente não desse certo e precisasse devolvê-lo. Afinal, meu coração já se partiu um pouquinho só de retorná-lo ao cercadinho. Não foi o nosso dia de sorte. Nem meu, nem o dele.

Ainda tentei encontrar outras feiras no mesmo dia, mas realmente não havia nada. Confesso ter ficado um pouco decepcionada. Queria um cãozinho vivendo comigo e queria imediatamente. Eu já o imaginava pedindo carinho enquanto eu via televisão e tentando escapar pela porta quando eu fosse sair de casa. No entanto, escolher um cachorrinho para dividir o lar não é como comprar um quadro novo. É um compromisso sério, para a vida toda. Logo, respirei fundo e aceitei que precisaria esperar mais uma semana inteira para tentar a sorte novamente e talvez não rolasse outra vez. Contudo o destino sorriu para mim antes: encontrei a cadelinha mais doce do mundo quatro dias depois. Só que isso é assunto para a próxima coluna. Até a próxima semana!

(Arquivo Pessoal/Reprodução)
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