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Por DERMATOLOGIA
A médica Denise Steiner é dermatologista, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutora pela Unicamp
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O impacto do estresse da pandemia na pele e nos cabelos

As questões emocionais do período refletem diretamente na saúde do maior órgão do corpo

Por Denise Steiner
Atualizado em 5 abr 2020, 10h00 - Publicado em 5 abr 2020, 10h00

É inevitável que a pandemia pelo novo coronavírus provoque estresse. Independentemente das intenções, a mídia com notícias ininterruptas e assustadoras provoca um estado de ansiedade e medo. Além disso, ficar em casa sem poder trabalhar, com renda próxima de zero, e ignorantes sobre o futuro é realmente assustador.

Por esse motivo algumas manifestações psicossomáticas podem ocorrer na pele. Aliás, a pele é o órgão, junto com o sistema digestivo, que mais apresenta quadros de somatização.

Cabelo

A queda de cabelo é uma das manifestações mais frequentes associadas a situações de muito estresse. O folículo pilosebáceo é um anexo cutâneo que segue um ciclo com uma fase de crescimento, depois repouso, queda e volta ao crescimento novamente, seguindo nesse ciclo contínuo durante toda a vida. Numa situação normal cerca de 85% dos cabelos do couro cabeludo estão na fase de crescimento e 15% estão na fase de repouso ou queda. Em situações de estresse muito significativo o organismo usa um sistema de “gestão inteligente” e diminui os gastos de energia, inclusive aquele utilizado para o crescimento do cabelo.

Assim, nesse momento, muitos fios de cabelo, que estavam na fase de crescimento, entram precocemente na fase de repouso e caem de 30 a 90 dias depois. Essa queda é difusa e pode ser assustadora, porém é importante saber que não há diminuição ou desaparecimento dos folículos, ou seja, as raízes do cabelo. Uma vez iniciada, a queda, chamada de eflúvio telógeno, irá persistir por um tempo, pois quando o cabelo entra na fase de repouso não há como voltar para a fase de crescimento. Ela vai passar independentemente de qualquer tratamento.

Nessa fase, podemos utilizar vitaminas e suplementos específicos para que quando o cabelo retornar para a fase de crescimento possa ter melhor qualidade e espessura. Esses suplementos podem ter: cisteína, Vitamina C, Vitamina E, biotina e silício, entre outros. A queda de cabelo promove ansiedade e depressão, principalmente nas mulheres, e portanto elas devem ser orientadas no sentido de que aquele cabelo não morreu ou ficou inviabilizado.

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Outra situação que pode aparecer ou piorar devido ao estresse é a dermatite seborreica, que compromete principalmente o couro cabeludo e promove descamação, coceira e caspa no local. Além disso, ela piora a queda de cabelo. A condição pode ser tratada com corticoides tópicos e xampus antiseborreicos e antioleosidade.

Pele

Outros problemas de pele podem ocorrer devido ao excesso de estresse, entre eles coceiras que chamamos de prurido e também o aparecimento do herpes simples nas pessoas com predisposição a essa virose. Doenças como psoríase, que é inflamatória, também pioram com o estresse.

O vitiligo, que é uma doença autoimune, pode ser desencadeada ou exacerbada por questões emocionais. A acne, que se manifesta como pápulas, pústulas, nódulos e abcessos, também pode piorar com o excesso de preocupações.
Vamos, ao longo dos dias, explicando um pouco mais sobre cada doença dermatológica que pode piorar com o estresse intenso.

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