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Mulher Maravilha: o que gostamos e o que mudaríamos

Mulher maravilha já bateu alguns recordes e tem pontos muito altos, mas isso não quer dizer que é perfeito

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 jun 2017, 18h04 - Publicado em 7 jun 2017, 17h57

Na quinta passada (01), chegou ao cinema o primeiro filme da Mulher Maravilha feito para as telonas. Algumas de vocês devem lembrar do seriado que passava na TV com a Lynda Carter no papel principal. Outras ainda são fãs dos quadrinhos. A Mulher Maravilha foi publicada em dezembro de 1941, criada pelo americano William Moulton Marston.

Apesar de toda a inspiração americana da personagem (a roupa dela é quase igual à bandeira americana, por exemplo), a falta de heroínas femininas fez com que grande parte das mulheres pelo mundo se encantasse com a história. A Mulher Maravilha virou referência de força e poder, atravessando gerações. Mesmo assim, foram mais de 75 anos até ganhar a atenção de Hollywood, enquanto mais de 10 versões de Batman e, pelo menos, 5 do Super-Homem foram lançadas.

Mulher Maravilha tem direção de Patty Jenkins e conquistou o recorde este final de semana por isso. É o filme dirigido por uma mulher que mais arrecadou nos Estados Unidos, perdendo para 50 Tons de Cinza apenas. Mundialmente, no primeiro final de semana, arrecadou 223 milhões de dólares – quantia muito maior do que filmes da Mulher-Gato e do Capitão América, por exemplo.

(Reprodução/Warner Bros.)

O filme é realmente uma vitória para o público feminino, que por muitos anos foi ignorado pela indústria cinematográfica de ação. Como disse uma amiga minha: “Entendi o que os homens sentem quando veem esses filmes, saí da sala me sentindo poderosa”. E, realmente, dá orgulho de ver aquela mulher poderosa ali enfrentando quase tudo sozinha e liderando um grupo de homens bastante perdidos e confusos. Além disso, os efeitos especiais são maravilhosos. O laço da verdade brilha, Diana segura tiros com seu escudo e seus braceletes causam choques enormes.

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Maaaaaas, mesmo com tantos elogios, reuni aqui alguns detalhes observados pela galera da redação que poderiam ser alterados. 

Vamos começar com a história. Sem spoilers. Para quem não conhece, a Mulher Maravilha se chama Diana (no filme vivida pela israelense Gal Gadot). Ela é filha de Hipólita com Zeus o que a torna uma semideusa. E foi criada entre a Amazonas, uma comunidade só de mulheres protegida do mundo. As Amazonas são guerreiras e a general que as leva por um duro treinamento é Antíope (Robin Wright), irmã de Hipólita e tia de Diana. Hipólita não conta a Diana que ela é uma semideusa e a única capaz de destruir Ares, o deus da guerra que leva os homens para o mau caminho.

(Reprodução/Warner Bros.)

O que acontece no filme é que um homem, o capitão Steve Trevor, chega à terra das Amazonas e Diana descobre que há um mundo todo lá fora precisando de salvação. Boa pessoa que é, deixa sua família para trás e vai lutar na 1ª Guerra Mundial. Sem apoio dos generais poderosos que mandam na batalha, Trevor reúne um grupo de três amigos (cuja capacidade para lutar é bastante duvidosa), além de Diana.

A verdade é que Diana não precisaria de ninguém para fazer o que faz. Ela é uma guerreira completa. Mas algumas coisinhas incomodam quem assiste. Se você também se sentiu incomodada (ou não), deixa um comentário. Por aqui, achamos que o romance entre Diana e Steve, apesar de óbvio, é dispensável.

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Fazendo um paralelo rápido: lembram-se quando, em Frozen, Elsa fala para Anna que ela não pode casar com um cara que acabou de conhecer? Por que a Mulher Maravilha precisa do amor por esse estranho completo para usar como força na hora da batalha? Por que não lembrar da tia Antíope, sua maior inspiração e a melhor guerreira já vista? Por que ela não pode se lembrar da sororidade entre as Amazonas? Ou, por que não pode se basear nos laços de amizade e cumplicidade entre as pessoas e seus colegas de luta que viu nos dias antes da batalha?

(Reprodução/Warner Bros.)

Ela entende que os mortais têm luz e sombra, ótimo. Mas simplificar tudo ao amor por um homem que ela convive três dias? Isso seria uma coisa que com certeza mudaríamos por aqui. Diana é uma semideusa e falta a ela a independência (ou até um pouco de prepotência) ao notar isso. No final, a trama acaba se encaixando no roteiro clássico de superheróis, que sempre envolvem o amor romântico e o mostram como força propulsora. Nada contra o amor. Somos fãs dele. Mas há outras lições mais legais que poderiam ser aprendidas ali.

E tem mais. Dá para entender que Diana é ingênua, ela está descobrindo o mundo, saindo da bolha pela primeira vez. Só que tem vezes que ela parece um pouco boba. Para uma mulher que fala tantas línguas (uma hora até lê línguas antigas, como sumério e otomano), não compreender detalhes de hierarquia (uma coisa que era tão comum nas Amazonas) é improvável.

Enfim, a conclusão é que ter uma Mulher Maravilha nos cinemas é incrível. Eu espero que ela seja ainda mais poderosa quando voltar no filme da Liga da Justiça, em outubro. E, no geral, a trama é envolvente e gostosa de assistir. Depois de ver, vem contar pra gente o que você achou!

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(Reprodução/Warner Bros.)
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