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Por Maternidade
Roberta D'Albuquerque é psicanalista e autora do livro Quem manda aqui sou eu - Verdades inconfessáveis sobre a maternidade
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Você tem um código de segurança com seu filho?

Achei importante desenvolver um código de segurança com as minhas filhas. Sabe por quê?

Por Roberta D'Albuquerque
5 jun 2017, 18h30

Eu e minhas meninas andamos muito a pé. Vendemos nosso carro há 3 anos e vamos andando (de mãos dadas) para a escola, as aulas de piano, o inglês, a natação… Nosso bairro é relativamente tranquilo, embora já tenhamos passado por alguns apertos, alguns ‘quase assaltos’. Para manter as meninas atentas quando prevejo algum risco, desenvolvemos um código: sempre que estivermos caminhando e alguém apertar a mão forte, é preciso abrir o olho. Eu aperto, elas apertam.

O código funcionou muito bem e ganhou novos usos. Se um pedestre distraído canta alto sem perceber, elas acham graça e apertam a mão. Se uma amiguinha chama para dormir depois da escola, e o convite não é do agrado, aperto na mão. Se alguém faz um comentário sem noção, mais aperto. Era nosso código de segurança, nosso inside joke, fazia de nós um trio imbatível. Até que…

… ninguém quer andar de mãos dadas mais. Elas têm 11 e 8, normal. Mas e agora? Penso que estamos em tempo de criar um novo código. Até porque com o passar dos anos, percebi que nossas questões evoluíram, percebi que sou mais medrosa que elas e que 80% dos perigos que prevejo não são tão perigosos assim. Percebi que há outros com os quais preciso ficar mais atenta.

Hoje, li um artigo da Joanna Goddard sobre códigos de segurança. Ela e a mãe tinham uma palavra secreta que era mencionada sempre que alguém precisava saber que havia uma emergência em curso. Outro exemplo citado no texto que pode funcionar com adolescentes e pré-adolescentes é o “Plano X”. Bert Fulks, criador do plano, explica: “Vamos dizer que meu caçula está em uma festa. Se ele se sentir desconfortável ou ameaçado de qualquer maneira, tudo que ele precisa fazer é enviar a letra X no nosso grupo de Whats App. A primeira pessoa que receber a mensagem, liga para o telefone da criança e reproduz o seguinte diálogo:
“Alô?”
“Querido, algo aconteceu e nós vamos precisar pegá-lo agora mesmo. Esteja pronto em 5 minutos”
Um detalhe importante: a regra de ouro do ‘Plano X’ é não perguntar o que aconteceu. Assim, as crianças ficam seguras para lançar mão do recurso sempre que precisarem sem medo de serem questionadas. Dessa parte, confesso, não gosto. Se alguém está se sentindo desconfortável, tudo bem. Mas se há uma sensação de ameaça, acredito que é importante entender o que aconteceu. E é o conversar depois de acionar o código que torna o processo inteiro uma vivência de cumplicidade. Como um trio imbatível de novo, sabe? Dessa parte, eu gosto bem.

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