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Por Mulher S.A.
Coluna da jornalista e estudiosa do comportamento feminino Cynthia de Almeida
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O sucesso profissional está em ser querido e não em ser invejado

A capacidade de deixar feliz e à vontade quem está por perto em nosso ambiente de trabalho mostra o quanto somos bem-sucedidos

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Atualizado em 24 jul 2017, 10h00 - Publicado em 24 jul 2017, 10h00

Estou aqui para trabalhar, não para fazer amigos. A máxima de um mundo corporativo orientado pela competitividade e pelo resultado sempre foi clara: ou você será bem-sucedido ou será querido pelas pessoas à sua volta. São objetivos antagônicos, inconciliáveis. E uma das pedras no caminho da escalada das mulheres para os cargos de liderança – já que o desejo de sermos amadas costuma nos abater em pleno percurso. Pois novos estudos revelam o oposto da tal máxima.

O grau de likability de um gestor está diretamente ligado à maior chance de ele obter felicidade, riqueza e sucesso profissional. A palavra em inglês não tem tradução fiel para o português, mas pode ser entendida como a “gostabilidade”, a aptidão de ser gostado, de ser amigável e confiável. O seu nível de likability é mais importante para seu crescimento na carreira do que outros fatores que costumamos julgar relevantes, como inteligência, origem socioeconômica e comportamento saudável.

Essas constatações partem de pesquisas realizadas em algumas das empresas mais desejáveis para trabalhar, como o Google. E foram analisadas pelo psicólogo social americano Mitch Prinstein no livro Popular – The Power of Likability in a Status-Obsessed World (em tradução livre, Popular – O poder de ser querido em um mundo obcecado por status).

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Logo no título, Prinstein dá uma pista importante para o entendimento de sua tese. Ser popular tem duas definições bem diversas e, aparentemente, estamos gastando uma energia imensa atrás da errada. A popularidade do status é ser admirado, copiado, invejado. Status não é a medida de quanto a pessoa é querida, mas expressa sua dominância, visibilidade, poder e influência. A popularidade de que o psicólogo está falando é outra: é a de ser querido, capaz de deixar feliz e à vontade quem está por perto.

Quando pensamos nos líderes contemporâneos mais reconhecidos do mercado, vemos neles a popularidade do status, que associamos ao poder, à genialidade. A “likability” não tem nada a ver com isso. É uma característica identificável por crianças desde os 4 anos. Nessa idade, elas já conseguem apontar, entre os seus pares, os mais populares. E estes não são os mais poderosos, mas aqueles de quem gostam mais.

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E qual é o perfil dessas pessoas capazes de gerar mais felicidade e produtividade no trabalho? Prinstein descreve personagens e situações reais (com nomes fictícios) e relaciona os principais traços de personalidade delas. Primeiro, ele notou que ser mais ou menos “gostável” não tem nada a ver com extroversão ou introversão.

Os populares têm talento para ler o ambiente. Suas ideias, em uma reunião, não são necessariamente melhores que as dos outros, mas eles sabem o momento certo de apresentá-las. Captam os fundamentos emocionais das propostas dos colegas e usam suas habilidades sociais para se conectarem às pessoas. E, o mais importante, fazem perguntas. Também escutam as respostas. Acham tudo interessante e parecem dar atenção sincera ao que ouvem. Finalmente, têm senso de humor, fazem as pessoas rirem.

Se a teoria da popularidade for comprovada, há uma vantagem das mulheres em relação aos homens, já que somos mais competentes na arte de estabelecer conexões emocionais. Há também uma promessa alentadora no ar: a de termos lugares mais felizes para trabalhar.

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