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Por Mulher S.A.
Coluna da jornalista e estudiosa do comportamento feminino Cynthia de Almeida
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Credibilidade é fundamental para o dia de pitch

Roupas e postura tornam-se aliadas na venda de uma ideia a investidores. Mas não esqueça: não adianta fingir ser quem você não é

Por Cynthia de Almeida Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 set 2017, 14h50

Cerca dez minutos de sono. O conselho é da consultora de moda Gloria Kalil e se refere ao tempo mínimo que você deveria gastar para se dedicar à tarefa de se vestir bem para o trabalho. Concordo e peço um pouquinho mais para uma breve reflexão sobre a roupa certa para uma ocasião especial: o dia de vender seu projeto a um investidor. Sim, falo com as potenciais empreendedoras para seu dia de pitch.

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Para quem não sabe, pitch é a apresentação consistente, objetiva e arrasadora que vai convencer um VC, venture capitalist, a aplicar dinheiro na sua ideia. A qualidade do seu projeto está em jogo. Ao apresentá-lo, sua roupa funciona como o slide inicial do PowerPoint. A primeira impressão, não se engane, ficará. A empresária inglesa Pip Jamieson, fundadora da The Dots, rede de networking para profissionais criativos, acredita que vivemos em um mundo de preconceitos inconscientes, no qual o que usamos para compor nossa aparência deveria ser levado a sério.

Vestir-se para um pitch é diferente de produzir-se para uma entrevista de emprego. Nesta última, você pode (e deve) pesquisar o dress code da companhia e se adequar a ele. Ou seja, modular sua formalidade ou informalidade à cultura local. Quando, no entanto, vai apresentar o próprio projeto, o que pesa, mais do que adequação, é a força do seu discurso para inspirar seguidores. E convencer financiadores. “A roupa não é mero detalhe”, me diz Camila Farani, uma das investidoras mais respeitadas do mercado brasileiro. “Ela vai chancelar o que você tem a mostrar, faz parte da sua comunicação. Até sua postura corporal será julgada.” O critério número 1 dessa análise será autenticidade.

O que importa para seu look passar no teste da verdade é você estar convencida dele. Não adianta nada copiar os códigos fashion (ou anti-fashion) do Vale do Silício ou da nova indústria multicultural da moda se não for de verdade. Fantasias não convencem. O visual certo é aquele com o qual a pessoa se sente bonita e feliz. E no controle. “Quem está desconfortável fica mal, fala pior. Tudo de que mais precisa no dia de um pitch é estar segura de si”, diz a empresária Débora Emm, experiente tanto em vender como em comprar ideias inovadoras.

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Sentir-se bem na própria pele não significa ir para a reunião com moletom surrado de trabalhar em casa (que já foi o uniforme preferido dos empreendedores de garagem). Muito menos gastar uma grana para comprar grife ou se equilibrar em saltos jamais usados. É estar atenta aos detalhes e à linha tênue entre causar uma boa impressão e refletir a sua visão. A palavra-chave é credibilidade.

Ser o espelho daquilo em que acredita é mais que vaidade, é uma mensagem relevante. No caso de Débora, é se manter fiel aos seus tênis, jeans e camiseta mesmo diante de uma plateia mais formal. “Já tentei mudar e me adequar ao público-alvo e o resultado foi péssimo.” Até no mundo moderninho das startups, conta Débora, as pessoas já estão optando por modelos mais discretos e “de trabalho”.

Camila, por exemplo, não abre mão de blusa de gola-canoa, saia-lápis e escarpins. Básicos. A roupa é um poderoso recurso visual. Desde que expresse os seus reais valores. E seja coerente com os do projeto que trouxer para a mesa. Por isso, quando abrir seu guarda-roupa para o pitch, lembre-se de que vai se vestir para pessoas com quem deseja manter uma relação de longo prazo. E não vai conseguir fingir o que não é por muito tempo.

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