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A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood
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Helena Bonham-Carter: médium ajudou contatar espírito da princesa Margaret

Atriz é um dos destaques na 3ª temporada de The Crown

Por Ana Claudia Paixão
Atualizado em 7 nov 2019, 14h30 - Publicado em 7 nov 2019, 13h30

Helena Bonham-Carter recebeu sua segunda indicação ao Oscar interpretando a mãe da rainha Elizabeth II no filme O Discurso do Rei. Quase dez anos depois, ela volta ao universo da família real, na terceira temporada da série The Crown, desta vez como a princesa Margaret, filha da sua personagem no filme. Helena não é estranha ao mundo da realeza, seu avô H.H. Asquith, foi primeiro ministro durante o reinado do rei George V. Ela chegou a conhecer a princesa Margaret quando começava sua carreira como atriz.  “Eu a encontrei uma vez quando ainda ela era viva. Ela conhecia meu tio há muito tempo e então ela sabia sobre mim. Eu era muito jovem e ela me viu e falou ‘sim, você está ficando melhor’. E eu pensei como era um típico comentário dela: te elogiar te colocando para baixo ao mesmo tempo”, lembra a atriz. “Era o estilo pessoal dela”, acrescentou.

Apesar de ter conhecido pessoalmente sua personagem, Helena não aceitou o desafio logo de cara. Na verdade, hesitou por um bom tempo antes se comprometer com o projeto. Amigos ficaram chocados por ela não ter sido cogitada para interpretar a própria rainha Elizabeth, papel que agora está com Olivia Colman.  “Meu agente e meus amigos falaram ‘não sei porque não é a Rainha’ e eu respondi ” não sejam tolos, ela [Margaret] é muito mais divertida’.  E aí eu acabei pensando e pensando e me toquei ‘meu Deus, isso na verdade é assustador, potencialmente desastroso porque The Crown foi tão bem, Vanessa [Kirby] foi tão bem que achei que só poderia desapontar a todos”, ela conta. “Então pedi para ler o roteiro antes e Peter Morgan me falou ‘Olivia [Colman] não pediu o roteiro’. E eu falei: é esse o ponto, a rivalidade começa agora”, brincou.

Helena é uma atriz intensa, porém bem-humorada. Ela garante que assim que aceitou o papel entrou em contato com a princesa, falecida em 2002, aos 71 anos. Isso mesmo, garante que falou com ela. “Consultei uma médium porque sou completamente louca e achei que deveria perguntar à Margaret se ela se importaria que eu a interpretasse”, revela. Ela respondeu? “Ela realmente adorou”, garante a atriz.

(Divulgação/Netflix)

A terceira temporada da série da Netflix vem com o elenco todo alterado, inclusive a própria rainha Elizabeth. Filmado em menos de um ano, a história agora avança 25 anos e foca no período entre os anos de 1964 a 1978. Foi a época em que Margaret viveu o auge e a crise no casamento  com Antony Armstrong-Jones, uma união que acabou em divórcio e muita fofoca. Margaret era conhecida pelas festas com pessoas famosas, onde circulavam drogas também. The Crown mostra o tênue equilíbrio da relação da princesa com o marido fotógrafo. “Não estamos falando sobre a verdade, mas sim a interpretação do que as pessoas, ou melhor, da maneira que Peter interpretou no roteiro”, explica Helena. “De alguma maneira a Margaret da série nunca se recuperou da dupla perda que foi morte de seu pai, que era a pessoa que realmente a adorava e pensava que ela era alegre, e a perda de sua irmã e melhor amiga, que de repente virou Rainha”, diz.

Para se preparar para o desafio, Helena visitou amigos da princesa, leu biografias e conversou com Vanessa Kirby, que interpretou Margaret quando jovem. E chama a atenção para um detalhe. Margaret era baixinha e não se conformava com a sua altura, ‘compensando’ a diferença com saltos e perucas que deixavam o cabelo mais alto. “A altura foi chave porque ela não tinha complexo de não ser Rainha, mas tinha por ser baixa”, explicou a atriz, “Isso acabou a fazendo se sentir menos importante do que sua irmã”.  Curiosidade de bastidores: tanto Helena como Olivia Colman não salto alto usam com frequência e se atrapalharam para se movimentar mantendo a pose de nobres. A maquiagem das duas levava mais de duas horas todas manhãs e as perucas as ajudaram a entrar nas personagens. “O cabelo é um detalhe importante quando se faz alguém tão icônico. A primeira vez que vi Olivia com a peruca foi mágico. Foi tipo: ‘meu Deus, a Rainha está aqui'”, ela conta.

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Helena, que chama Olivia de ‘grande Coleman’, se rasga em elogios pelo talento da colega que é uma das maiores expectativas nessa temporada. Ela revela que Olivia enfrentou maior dificuldade que a própria Helena, por ser uma pessoa sensível e amorosa, mas, ao interpretar a Rainha teve que conter as emoções, como faz a monarca. Um detalhe especialmente difícil em uma das cenas mais marcantes da temporada que não vamos falar para não dar spoiler. “Ela [Olivia] é muito emotiva e a rainha foi treinada para colocar suas emoções à parte”, Helena pausa antes de acrescentar “Estamos falando da Rainha da série The Crown. Deus sabe o que a Rainha verdadeira sente!”

(Divulgação/Netflix)

De todos os detalhes que fez questão de retratar da verdadeira Margaret, Helena diz que foi a maneira que ela fumava. Margaret era uma fumante inveterada e tinha um estilo próprio com o cigarro. “A médium me alerto: fume como ela fumava mesmo. Foi um ótimo toque porque como ela segurava o cigarro era como se fosse mais uma armadura do que um cigarro mesmo”, comenta.

“Fiz muita pesquisa e sou muito boa nessa área”, garante Helena. “Eu fiz mesmo, muito dever de casa. Anotei tudo e espero que passe porque adorei fazer. No final das contas você tem uma enorme responsabilidade porque as pessoas gostam muito da série, você está sendo muito bem paga e é uma pessoa real”, diz.

The Crown estreia no mundo todo dia 17 de novembro, na Netflix.  

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