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Sexo tântrico: 8 dicas fáceis que farão você ter muito mais prazer

Há muita complexidade na filosofia do sexo tântrico, mas essas dicas são simples e vão turbinar o seu prazer

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 19 abr 2023, 13h19 - Publicado em 4 out 2019, 17h35

Conexão. Essa seria uma boa palavra para definir o propósito do sexo tântrico. Entretanto, essa prática envolve muitos outros elementos e o processo é gradual. Não é da noite para o dia que você vai alcançar os lendários picos de prazer que povoam o imaginário das pessoas quando o assunto é sexo tântrico.

Muitas dúvidas surgem quando o tantra é colocado na roda de conversa. E, a fim de desmistificá-lo, procuramos especialistas no assunto para entender o que realmente significa o sexo tântrico. Aqui, separamos seis passos básicos  dessa prática e eles servem como ótimas dicas para que você consiga ter ainda mais prazer na transa.

1. É hora de despertar todos os sentidos

Antes de mais nada, é preciso entender o que é o sexo tântrico. Caso contrário, há grandes chances de você se frustrar ao compará-lo com relações sexuais tradicionais. Por que? Tantra é sobre acordar todos os sentidos do corpo durante a transa e não apenas estimular a região genital para alcançar um orgasmo. 

“Sexo tântrico é muito mais consciente e presente. É um sexo que foge dos velhos padrões da pornografia e da penetração, em que o casal desenvolve todos os sentidos (tato, audição, paladar, visão e olfato). Um sexo em que todo o corpo se faz presente aos estímulos e aos orgasmos. Um sexo sem pressa e sem objetivo. Um sexo de amor e consciência. Uma forma do casal sair da superficialidade e se aprofundar em si e no outro”, explica Bia Neppel, terapeuta tântrica e coach de relacionamento e sexualidade.

O mesmo é enfatizado por Deva Dasi Abigail, terapeuta tântrica e escritora do livro ‘Entendendo o mapa da mina’. Ela também começa a desmistificar, gradativamente, como o orgasmo alcançado pelo sexo tântrico é diferente daquele presente na relação sexual padrão.

“O sexo tântrico é o sexo sensorial. Nós temos dois tipos de orgasmo, existe o psicogênico e o sensorial. Quando você tem o orgasmo psicogênico, você precisa de uma fantasia, de um estímulo mental para poder sentir prazer. E o prazer sensorial é aquele que você tem única e exclusivamente quando você sente”.

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2. Desperte seu clitóris – calma, nós te ensinamos como!

De acordo com Deva, no tranta a preocupação de estar em constante contato consigo mesma está relacionada com a ideia de que essa é uma filosofia matriarcal, de saudação à ancestralidade e geração de uma vida.

“A mulher gera vida todos os meses, independente de que vida seja essa. Pode ser um projeto novo, um novo propósito, não importa: ela está gerando vida todos os meses. É oferecer uma experiência sensorial para que você tenha capacidade de equilibrar a energia vital pelo seu corpo e gerar a vida que você quiser”.

Essa nova vida pode ser uma criança (quando ocorre a gravidez), mas também é tudo de novo que surge e a mulher se dedica para fazer dar certo. “Tudo depende do foco, e do objetivo que você está dando, para onde você está direcionando essa energia de vida”, esclarece a especialista.

Por isso, o primeiro passo é a conexão com o próprio corpo para aprender a canalizar a energia que está em constante movimento dentro de si. O foco aqui é o autotoque e ele fará com que você consiga sentir mais prazer nas relações, por estar com o corpo “extremamente acordado”.

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Uma das formas de fazer isso é com a masturbação tântrica, com o objetivo de tonificar o clitóris e deixá-lo mais sensível a qualquer estímulo. “[O ideal é] uns 15 minutinhos, de manhã, fazer um toque bem suave, bem leve, nele. Pode ser movimentos circulares, de cima para baixo, mas bem sutil, quase nem tocando. É o suficiente para melhorar e muito a libido dessa mulher, a autoestima e cada dia mais se sentir empoderada”.

Deva ainda defende que esse exercício é ótimo para dar mais energia para as mulheres viverem. “Pode parecer besteira, mas se tocar durante 15 minutos pode ser que dê uma vontade enorme de fazer sexo depois, mas não. Pega essa energia, toma um banho, veste uma roupa e vai trabalhar, vai fazer algo muito importante na vida dela. Pode ter certeza que ela vai se sentir mais autossuficiente e ter mais assertividade nas ações dela”.

Ainda que possa parecer estranha a ideia de quase não tocar o clitóris, essa técnica consiste em não empurrá-lo para dentro, como acontece durante a masturbação normal. O foco é trazer o clitóris para fora e deixá-lo expandir o máximo que conseguir, como acontece quando a mulher sente prazer. Isso faz com que o órgão fique cada vez mais tonificado e mais sensível para gozar.

3. Olhar e respiração: agora é com vocês

Saindo do autotoque e indo para o sexo a dois, Bia dá detalhes de técnicas básicas que prometem criar muita conexão entre o casal logo de cara – e tornar a experiência ainda mais prazerosa.

“A primeira técnica, e eu diria que uma das mais importante no sexo tântrico, é a conexão com o outro(a) através do olhar (o que é chamado “Tratak”) e respiração conectada. O casal inicia sentando, nus, um de frente para o outro, e permanecem assim por alguns minutos olhando nos olhos um do outro e respirando juntos. Impressionante como essa simples técnica traz presença e conexão ao casal. Em seguida, eles tocam palma com palma da mão, e iniciam um movimento com os braços, de vai e vem, até esse movimento se tornar uma dança (movimento conhecido como “flushing”)”.

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4. Inspire e expire na boca um do outro

Em seguida, Bia desvenda um estigma que ainda existe sobre o sexo tântrico: a técnica tem ou não contato físico? E a resposta é que sim, pois a conexão também envolve o toque direto e até mesmo penetração, caso o casal queira.

Com isso em mente, a segunda técnica é totalmente sobre proximidade. “A mulher (chamada de “shakiti”) senta-se sobre o homem (chamado de “shiva”), numa posição que chamamos de “Yab Yum”, e o homem vai conduzir o giro tântrico – em que ambos tocam os lábios entreabertos, enquanto um inspira o outro expira na boca um do outro. A essa altura a energia trocada e a conexão é muito forte. O corpo todo já está à flor da pele. Depois o casal começa a explorar o corpo um do outro pelo cheiro, toque e paladar”.

5. Aguçando o olfato

Se você leu o título desse item e logo pensou em perfumar o quarto e o corpo na hora do sexo, saiba que o tantra te aconselha a fazer exatamente o contrário. Quem deve brilhar é o nosso cheiro natural.

A ideia é fazer com que o olfato seja aguçado pelos feromônios, substâncias que o nosso corpo libera quando há excitação sexual e que têm o objetivo de atrair o/a parceiro(a) através do odor.

Bia ainda dá a dica de depositar um pouco de saliva em cada dobra do corpo, como pernas, braços e virilhas, para que o olfato seja mais aguçado. “Deixa um pouco mais de saliva ali e depois volta lá e o ‘cheiro’ estará muito mais forte”.

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Os óleos são indicados pela terapeuta apenas para as massagens genitais. Pessoalmente, ela só usa os de base vegetal: uva, gergelim, amêndoa doce, e coco. Porém, é preciso atenção para caso haja penetração, pois eles prejudicam a perfomance do látex. Nesse caso, o indicado é só produtos à base d’água. Também fique atenta à possíveis irritações na mucosa.

6. Calma, calma e mais calma! 

No sexo tântrico, o ditado “a pressa é inimiga da perfeição” nunca foi tão real. Tenha em mente que o foco principal é o processo e não a penetração. Inclusive, Bia afirma que ela deve ser a última coisa a acontecer, caso o casal queira, e que deve ser passiva (vamos explicar isso no item a seguir).

Isso significa que o mais importante é toda a troca que existe entre os envolvidos com muito estímulo da visão, do paladar, do olfato, da audição e do toque por todas as extremidades do corpo alheio.

7. Você comanda a penetração

Se depois de todo o ritual, vocês ainda escolherem fazer a penetração, a terapeuta explica como deve ser o passo a passo: “Quando acontece a penetração, ela é passiva. Isso significa que a mulher fica em cima do homem e ele não se mexe, diferente do que acontece no movimento normal. É a mulher que vai conduzir o movimento da forma que quiser. Ela pode, por exemplo, ficar paradinha com o pênis dentro da vagina e ela se estimular no clitóris, com o dedo, com o vibrador e ela mesma trazer o movimento”.

8. Entenda que, segundo o tantra, há mais de um tipo de orgasmo

Com o prazer tântrico conduzido pelo despertar dos cinco sentidos humano, Bia diz que os orgasmos não são única e exclusivamente ejucalatórios. Ao ter isso em mente, é possível entender que as sensações orgásticas podem reverberar por dias.

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O que? Sim, é isso mesmo, mas calma que vamos explicar!

Diferente do que é vendido pelos pornôs e comprado por muitas pessoas, Bia completa Deva e relata que o tantra pode proporcionar o que é conhecido como “orgasmos secos/vibratórios” – que é a sensação de muito prazer por todas as extremidades do corpo. E é possível senti-la por dias.

“Esse orgasmo vibratório é, por exemplo, vários espasmos bem involuntários, que você não tem controle, e é muito prazeroso. Porque você sente todo seu corpo sensível, sentindo prazer, vivo, vibrante. É uma sensação maravilhosa – quem experimenta um orgasmo desse não se contenta mais só com o do genital, que é rápido e breve”.

Esses movimentos involuntários acontecem de dentro para fora a partir do momento que o corpo desenvolve uma capacidade orgástica maior com os estímulos da técnica. “Isso acontece quando despertamos a nossa energia sexual, chamada de “Kundalini”, desde o chakra básico até o coronário. Uma vez despertada, ela pode acontecer em uma respiração, em um toque na pele, no sexo…”.

Bia cita a relação com os chakras porque eles são centros do corpo humano que absorvem, administram e exteriorizam as diferentes energias que envolvem cada pessoa. E são elas que, ao serem trabalhadas corretamente, proporcionam uma experiência sexual intensa e de conexão.

Ao todo, são reconhecidos sete chakras principais. O básico está localizado entre a região genital e o ânus e é responsável por toda energia física, inclusive a sexual. Já o coronário fica no topo da cabeça e está associado à parte espiritual, ao conhecimento do próprio eu.

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