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Sexo casual faz bem – por que tantas mulheres têm vergonha disso?

Já é hora de acabar com esse tabu.

Por Priscila Doneda
Atualizado em 21 jan 2020, 14h15 - Publicado em 25 fev 2016, 09h35

Quando um casal começa a se envolver mais intimamente, é preciso deixar bem claro quais são as expectativas de cada um sobre esse ~relacionamento~. Por vivermos em uma sociedade patriarcal e predominantemente machista, muitas mulheres enxergam o sexo casual como um tabu e, mesmo que não queiram nada sério, acabam se esquivando desse tipo de relação – seja por medo, por vergonha ou mesmo por preconceito.

Apesar de a liberdade sexual feminina ter aumentado – e muito – nos últimos anos, as mulheres adeptas do sexo casual ainda são vistas com preconceitos, inclusive por outras mulheres, infelizmente. Segundo uma pesquisa realizada pelo site de encontros casuais C-date, 53% das 517 entrevistadas têm vergonha de dizer às amigas que são a favor ou que praticam sexo casual.

De acordo com a psicóloga e sexóloga do C-date, Carla Cecarello, existe uma explicação bem lógica para este tipo de conduta. “As mulheres são ensinadas, desde cedo, que o comportamento delas precisa ser mais recatado, enquanto os homens são criados para ter uma postura mais ativa e encarar essas questões sexuais de forma mais livre”, expõe. “Quando a mulher se depara com um homem que expressa, de uma forma bastante clara, que ele só quer sexo, ela acha que se trata de alguém depravado, sem vergonha. Isso surge, principalmente, da educação que recebemos em relação ao comportamento feminino e masculino”, completa.

Que atire a primeira pedra quem nunca nunca ouviu das amigas: “Cai fora! É cilada! Ele só quer te levar para a cama”. Mas o que nós, mulheres, devemos nos questionar é: E se eu também só quiser isso? Qual o problema?

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De acordo com a especialista, as mulheres começaram a mudar seu comportamento em relação ao sexo casual quando assumiram um posicionamento diferente no mercado de trabalho – e mesmo na sociedade como um todo. “A mulher passou a se preocupar mais com suas próprias vontades, a ter mais atitude, a não se importar tanto com o outro (e sim com ela mesma), além de não ligar tanto para o que pensam dela”, conta. “A partir do momento em que ela começou a receber mais informações sobre as possibilidades de seu comportamento como mulher, como pessoa sexualmente ativa, ela foi buscando o próprio prazer e os próprios interesses. Ou seja, ao conquistar o seu novo lugar na sociedade, a mulher passou a usufruir de novas experiências e a entrar nessa onda do sexo casual como uma forma de se permitir ter o direito de usufruir do sexo como fonte de prazer“, pontua.

Esse tipo de relação permite que as pessoas tenham mais liberdade para escolher com quem e em qual momento desejam se relacionar, sem que tenham, obrigatoriamente, um relacionamento fixo com alguém. “Uma das vantagens do sexo casual é que ele dá às mulheres mais liberdade para conhecer várias pessoas. Além disso, traz a possibilidade de experimentar diferentes formas de se relacionar com o outro, pois, além de não cair na mesmice, é possível ter mais diversão do ponto de vista sexual e ainda experimentar outras formas de prazer”, exalta a sexóloga. “Praticar sexo casual também melhora a autoestima, pois faz com que a pessoa esteja sempre com um bom astral, com disponibilidade para buscar coisas novas e com vontade de investir nela mesma”, defende a especialista, apontando os benefícios deste tipo de relação.

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“As mulheres ainda têm dificuldade em lidar com o assunto por causa da educação que recebem. A ideia de que a mulher tem a carga de ser mãe, educar seus filhos e manter a seriedade da família e a união familiar ainda é muito forte. O senso comum de que o sexo casual é algo promíscuo e depravado é intenso na sociedade, ou seja, a imagem dessa prática ainda não é muito positiva”, disparou a especialista. “É necessário que se faça uma maior disseminação de informações sobre o que significa sexo casual e por que algumas pessoas gostam e se beneficiam dele. É importante esclarecer que isso é um direito das pessoas e elas não estão prejudicando ninguém ao escolher adotar uma prática como essa“, diz Carla.

Em linhas gerais, o sexo casual é apenas mais um item que devemos colocar em debate. Carregado de preconceitos arcaicos, a prática pode, sim, ser positiva para aquelas que não buscam um relacionamento sério. “O sexo casual não precisa durar a vida inteira, por mais que algumas pessoas pensem que vão ‘viciar’ nisso. O importante é poder saber usufruir desta relação como algo positivo para a vida, buscando alcançar o prazer de forma descompromissada, mas SEMPRE com responsabilidade“, finaliza.

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