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Casei em uma grande festa de 7 de setembro

Subi ao altar no feriado em que se comemora a independência do Brasil a Portugal

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 12h41 - Publicado em 27 out 2008, 21h00
Isabel Baeta (/)
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Para nós, esse dia sempre será de festa

Foto: Arquivo pessoal

Nos meados das décadas de 1940 e 50, todo o pessoal do bairro do Ipiranga e boa parte de São Paulo visitava o Parque da Independência no dia 7 de setembro. Havia fanfarra, pipoqueiro, queima de fogos e algodão doce. O museu ficava lotado de rapazes de terno e moças de vestido rodado. Na ocasião, o governador ou o prefeito depositavam flores no monumento ao Dia da Pátria. Na seqüência, cantava-se o hino nacional. Era uma festa.

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Nascido e criado no Ipiranga, pra mim o 7 de setembro sempre foi um dia alegre, antes mesmo de eu entender o valor patriótico da data em que o Brasil ficou independente de Portugal. Minha família inteira se reunia no feriado para passear no parque e almoçar lá em casa. Além disso, foi para me apresentar na fanfarra que eu aprendi a tocar corneta.

O Brasil parou para nos ver.

E foi lá no Parque do Ipiranga que, aos 11 anos, conheci a minha futura esposa num passeio. Pouco depois, ela se mudou para a casa em frente à minha. Assim como outros casais do bairro, namoramos muito nos jardins franceses ou sob as fontes coloridas do parque.

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Como a Mariza gostava do Dia da Independência tanto quanto eu , decidimos nos casar no dia 7 de setembro de 1960, às 18h. Exatos 138 anos e uma hora depois de o Brasil ganhar sua liberdade, eu perdi a minha. Até hoje brincamos que o país pára no nosso aniversário de casamento, já que quase todo mundo fica de folga do trabalho.

Mas meu irmão é soldado e por causa do feriado meu irmão quase não foi à minha boda. Na época, ele era ainda prestava o serviço militar no Exército e foi escalado para desfilar. Para não deixar vagos eu posto de padrinho, ele saltou do caminhão a caminho do desfile e se mandou para o meu casamento! A travessura lhe valeu uma semana de prisão no quartel.

Este ano eu a Mariza completamos quarenta e sete anos de casados. Para nós, o 7 de setembro será sempre um dia de festa. Até hoje visitamos o parque nesta data, agora para assistir aos concertos de música pela manhã. Depois, em nossa casa, comemoramos nosso aniversário de casamento. E compartilhamos as boas e emocionantes lembranças com nossas duas filhas, genros e quatro netos.

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