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A traição salvou meu relacionamento

Flagrei meu noivo com a vizinha, mas sei que foi a melhor coisa que aconteceu

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 11h29 - Publicado em 5 nov 2008, 21h00
Lígia Scalise (/)
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Na época foi horrível descobrir a traição.Hoje sei que ela salvou meu noivadoFoto: Arquivo pessoal

Sempre acreditei em intuição feminina. Quando uma mulher fica com uma pulga atrás da orelha, alguma coisa tem. A minha certeza veio no dia 28 de março de 2007. Naquele dia eu briguei com a minha mãe e pedi a um amigo para me levar até a casa do meu noivo, o Edinho. Assim que chegamos, vi que o carro dele não estava na garagem. Segui para o final da rua e, bingo!: lá encontrei o meu noivo, com quem eu estava há quatro anos, na porta da casa da vizinha.

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Mesmo sem ver beijo, constatei que os dois tinham um caso. Fiquei tão desesperada que dei um murro no capô do carro dele. Desesperado, o Edinho deu partida e saiu com a outra.

Enlouquecida, fui para a casa dele buscar tudo que me pertencia. Minutos depois, o Edinho voltou e tentou impedir o meu escândalo com um abraço. Nem sei de onde tirei tanta força, mas escapei dele com uma joelhada certeira bem naquele lugar. Devolvi a aliança de noivado e o cordão do meu pescoço. “Agora sou solteira, posso curtir a vida”, foi o que eu disse ao voltar para casa. A verdade é que eu estava fora de mim, numa espécie de anestesia. Naquela bendita quarta-feira, cantei, conversei, fiz de tudo. Mas não derramei uma só lágrima.

Sempre desconfiei da tal vizinha

Conheci o Edinho em 2003, no cursinho pré-vestibular. Eu tinha 19 anos e não queria nada sério. Durante um mês ficamos sem ninguém saber, até que ele me agarrou na frente da galera inteira. A partir daí, neguei duas vezes o pedido de namoro. Dizia não, mas com uma pontinha de vontade de dizer sim. Até que um dia arrisquei: “Aquele pedido ainda está de pé?”.

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O nosso namoro me ajudou a segurar a barra no ano mais difícil da minha vida: as minhas avós faleceram, os meus pais se separaram, entre outros acontecimentos tristes. Durante todos esses momentos ele ficou ao meu lado.

Em 2006, com três anos de namoro e mais intimidade, ficamos noivos. No entanto, uma coisa me incomodava muito: a tal vizinha dele. Sabe aquela mulher que não te olha nos olhos, não te trata bem? Então, ela era esse tipinho. “Não viaja, isso é loucura da sua cabeça”, era sempre a resposta padrão do Edinho.

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