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Sexo sem compromisso: histórias de quem se entregou ao momento sem longa preparação

Um momento erótico é até mais prazeroso quando acontece sem longa preparação. Se vier desatrelado de cobranças, aí, então, equivale a gozar no paraíso

Por Patrícia Zaidan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 17h53 - Publicado em 13 ago 2015, 13h05

Não é necessário pirotecnia, lingerie cara, géis, velas, romance. Nem mesmo “tentar desbravar o longo, incógnito e tortuoso caminho para chegar ao orgasmo” – como se dizia nos anos 1960, quando a mulher começava a entender o erotismo e descobrir que ela podia experimentar o universo do prazer, regalia até ali exclusivamente masculina. Retomando o princípio de tudo, sexo é vital, simples e saudável. O prazer brota quando o instinto feminino fala com o instinto do homem. Aí, a conversa entre os corpos fica divertida, não requer tradutor. Um fareja o desejo do outro, como a fome à procura de satisfação. “Não precisa ser o sexo das estrelas”, afirma Glaury Coelho, sexóloga, psicoterapeuta de casal e fundadora da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. “A relação tem que ser gostosa. A gente é que complica muito.” O que não deve faltar, lembra, é a camisinha! Nas histórias aqui relatadas por casadas e solteiras, foi necessário muito pouco para que elas vivessem grandes encontros.

Sem depilação

Roberta dos Santos, 24 anos, designer, de Recife

De férias em Berlim, eu estudava alemão sem planos sobre sexo. Fui com amigos a uma boate. Um dinamarquês me olhava. Conversamos, nos beijamos e seguimos para a casa dele. Meu desejo era enorme. Fazia muito frio, por meses não me depilava. Pensei: ‘Se recuar por vergonha dos pelos na virilha, nas axilas e pernas, posso perder algo que tem tudo para ser ótimo. E, se ele não gostar dos pelos, ok, não vou vê-lo mais’. Foi o melhor sexo da minha vida. Não sei se estamos namorando, mas ele já veio me ver no Brasil.”

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Palavra de especialista: “Na atração, o raciocínio lógico, que nota a estética, se desliga”, diz Marcia Kedouk, autora de O Livro Proibido do Sexo (Superinteressante/Abril). Mais: “Pelos propagam feromônios, que são como um 4G enviando um e-mail sexy ao destinatário”.

Aqui e agora

Luciana Rodrigues, 42 anos, secretária, de São Paulo

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Fui casada duas vezes e estou selecionando um homem para amar. Conheci dois no Tinder (aplicativo para encontrar parceiros). Um é atleta, o outro empresário. Tomei café com cada um. Quando estava em um hotel perto de São Paulo, em treinamento empresarial, o atleta ligou e foi para lá. Não estava preparada, não havia levado uma calcinha mais sexy, nada. Imperou o aqui e agora. Ele tem fôlego infinito. Transamos a noite toda. Retornei ao treinamento acabada, mas feliz. Ele não é o que quero; por isso, testarei o empresário. É importante saber se o candidato corresponde ao meu ritmo, se agrada no conjunto. Relação sexual sem vínculo amoroso já tinha se tornado possível quando saí do primeiro casamento. Esbarrei, no shopping, em um amigo de adolescência. Tomamos um lanche, ele me beijou e disse: ‘Quero te levar para outro lugar’. Segui para o motel, pensando: ‘Sou louca, ele conhece meu ex-marido’. Meu amigo me beijava com tanta gana que esqueci que estava menstruada. Ele sussurrou: ‘Não tem problema’. Fez uma massagem, eu me soltei. Não imaginava que ele fosse tão gostoso. No episódio, vi que posso ter sexo sem marido. Uma descoberta libertadora.”

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Palavra de especialista: “De 40% a 50% das brasileiras já aprenderam a separar amor de sexo, como fazem os homens”, afirma a sexóloga Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “Entenderam que uma boa noite de prazer não significa o início de um romance, um compromisso. Mesmo que o homem tenha sido carinhoso, isso não quer dizer amor.”

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Todas as fantasias

Renata Reis, 38 anos, produtora cultural, de São Paulo

Estava separada, cuidava de um filho pequeno, trabalhava muito. Em um site, conheci um homem bem-sucedido que queria uma aventura sem riscos. Gostava de arte e literatura, como eu. Em mensagens, eu escrevia um conto erótico até o meio, ele terminava. As cenas que ele criava me excitavam. Trocávamos filmes pornô, transávamos pela internet, antes de nos encontrar em um museu. No abraço, seu sexo tocou meu corpo, sua língua me enlouqueceu. Na outra semana, no elevador de um hotel, ele me dominou. Depois se ajoelhou aos meus pés. Ele gostava tanto do que estava fazendo… Fiquei vidrada. No quarto, tirou minha roupa com tamanho carinho que me senti uma deusa cuidada por seu sacerdote. Ele pediu para listar minhas fantasias. Todas foram realizadas. Transamos quando eu estava vendada, depois no carro. Numa casa de suingue, não fizemos nada – me excitou estar no colo, naquela situação estranha. Já na sala de reuniões do escritório dele, eu o prendi com algemas. Com um chicotinho, bati de leve. Não sou sádica e descobri que meu tesão reside em ver a dedicação do outro. Ao notar que estava me envolvendo, saindo da aventura para um romance, recuei. A experiência me livrou de preconceitos, do medo e do ciúme. O sexo sem compromisso me tornou madura e sedutora. A relação virou amizade e respeito por quem dividiu segredos e uma cumplicidade que nem no casamento existiu.”

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Puro acaso

Ana Luz e Silva, 43 anos, arquiteta, de Santos (SP)

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Saindo de um mercado de frutas, abri a porta do carro com o cotovelo porque levava uma porção de pacotes nas mãos. A porta bateu no carro do lado. Pedi desculpas, o motorista sorriu. Era o professor da escolinha de natação do meu filho, que agora, dez anos mais velho, ficara ainda mais bonito. Ele me ajudou com as compras, e eu aceitei tomar um café ali do lado. Duas horas depois, estava na cama dele. Foi uma delícia: da música às carícias, passando pelo jantar, que preparamos nus. Meu marido trabalhava uma temporada na Ásia, eu não transava havia um tempão. E como contar? Se a coisa evoluísse, não haveria outro jeito. Mas ele não telefonou. Nem eu. Então, segui em frente.”

Palavra de especialista: “Nem todo dia é para o sexo cheio de requintes, como o da mulher que viveu todas as fantasias. Arroz e feijão bem-feitos são gostosos e na medida da realidade. Mas há situações especiais: o grande jantar de pratos diferentes”, diz Glaury. O cuidado: não se ligar afetivamente quando a proposta é só sexo. “Já a mulher que teve dúvidas sobre revelar, o melhor foi não dizer nada para não pôr fim ao casamento”, afirma. “Contar é uma tentativa de aliviar a culpa e não de ser legal. Isso causaria dor no marido, que nem sabia do ocorrido.”

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