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Qual é o melhor momento para contar ao filho que ele é adotado?

Toda criança tem o direito de saber sua história, que deve ser tratada de forma natural. Especialista dá dicas sobre como os pais devem falar sobre adoção

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 18h22 - Publicado em 8 out 2013, 22h00

Falar naturalmente sobre adoção com seu filho é sempre o melhor caminho
Foto: Chris Clinton / Getty Images

“Minha filha está com 3 anos e é adotada. Ainda não contei isso a ela e tenho muito medo de que sofra no futuro quando souber. Qual é o melhor momento para falar sobre o assunto?”

No mundo ideal, um filho adotivo deve conhecer desde sempre a sua situação. Por isso, o indicado é que o termo “adoção” seja usado normalmente pelos membros da família desde a chegada da criança. A atitude permitirá que o pequeno incorpore a história dele com a maior naturalidade, prevenindo traumas e tabus. Mas não se preocupe por não ter seguido tal roteiro: você pode esclarecer agora o fato para sua filha. Aos 3 anos, a criança tende a aceitar a informação sem grandes conflitos, até porque não entende o real significado dela.

Uma forma leve e adequada de abordar o assunto é se apoiar em casos da ficção, como o do Super-Homem, que passou de uma família para outra. “Desde os 2 anos, a garotada já é capaz de ouvir com interesse esse tipo de história”, diz a psicóloga Lidia Weber, autora de Adote com Carinho (Juruá). Ao ver que algo acontece também com os outros, as crianças aceitam a própria situação com mais facilidade. “Mas esses enredos devem ser contados de forma sistemática, várias vezes, para o pequeno entender o contexto.”

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Quando sua filha já estiver familiarizada com o assunto, é hora de falar especificamente sobre a história dela. Só evite fazer uma cena e imprimir ares de revelação à conversa – que, assim, ganhará um peso excessivo e desnecessário. O melhor é que ela receba as informações de forma gradativa. Deixe que a curiosidade dela dite o ritmo das descobertas. “Os pequenos compreendem a adoção de maneira diferente conforme a idade”, diz a psicóloga Soraya Pereira, presidente da Aconchego, em Brasília, ONG de apoio a famílias que adotam. “Cabe aos pais estar informados e preparados para saciar as dúvidas quando elas aparecerem, lembrando sempre que não adianta dar informações que o filho não tem capacidade de entender.”

Ao dar as informações que sua filha tiver interesse em saber, o essencial é nunca mentir – mesmo que a mentirinha pareça inofensiva. Outro ponto fundamental nessas conversas é agir com naturalidade. Por exemplo, quando a criança perguntar se nasceu da sua barriga, responda que não sem dramas. Emende que ela foi gerada por outra mulher, mas que ser adotada não significa ser menos amada ou menos importante. Pelo contrário: diga que a decisão de tê-la na família foi uma das melhores da sua vida. “Mas lembre-se de que a adoção é um processo do passado”, destaca Lidia. Ou seja, você deve deixar claro que isso já ficou para trás e ela se tornou sua filha legítima. Por fim, nunca se refira a quem a gerou apenas como “mãe”, e sim como “a mãe de nascimento”. O primeiro papel, afinal, é seu. “Para a criança, a figura materna é a que cria e dá amor.”


 

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