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Maria Casadevall fala sobre experiência em retiro de silêncio

A atriz conversou com CLAUDIA sobre experiência realizada antes de ser convocada para atuar na nova novela das 23h, 'Os Dias Eram Assim'

Por Bel Moherdaui
Atualizado em 21 fev 2017, 18h52 - Publicado em 21 fev 2017, 10h52

Coelha vai ter que se mudar. E essa é uma das preocupações da atriz Maria Casadevall, 29 anos, no momento. Coelha é uma gatinha vira-lata. “Eu a adotei no Rio quando estava terminando a novela (I Love Paraisópolis). Como não podia instalar tela no flat em que morava nem deixá-la sozinha, colocava-a no sling, como um bebê, e levava para o Projac. Virou mascote da equipe. Hoje, carrego-a para todos os lugares.” A dupla está em busca de um lugar para viver nos próximos meses, na capital fluminense, enquanto Maria grava a novela das 23 horas, Os Dias Eram Assim, com previsão de estreia em abril. A paulistana – “A vida inteira morei na Rua Maria Antônia”, salvo temporadas na Austrália, França e no Rio – foi convocada às pressas para o papel de Rimena, vago depois da saída da atriz Carol Castro, grávida.

No dia do nosso encontro, no apagar de 2016, Maria havia deixado a mascote na casa da mãe, perto do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. Chegou ao restaurante MoDi como quem vai ao parque. Cabelo laranja (“cenourinha”, ela diz) molhado, fone de ouvido pendurado no pescoço. Fazia quase dois meses que ela voltara de um retiro de silêncio na Argentina. “Logo na chegada, recebemos uma agenda com horários rígidos, em que está especificado o momento do banho de cada um, quem vai limpar o banheiro, quando…”

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A rotina monástica, de dez dias, começava às 4 horas e seguia com pouca comida e muita meditação. “Se eventualmente surge uma dúvida, há uma instrutora a quem se pode recorrer. No mais, assumimos o compromisso do Nobre Silêncio, que restringe também o contato físico e visual.” Desafio e tanto, especialmente para alguém falante como ela, imagino, enquanto driblo minha cara de espanto. “Em algum momento, você vai se perguntar: ‘Por que me enfiei nesse lugar?’ Faz parte do processo. Você passa fome, sono, fica irritada. Mas aos poucos tudo faz sentido. É como se você tivesse funcionado de uma forma a vida inteira e daí alguém propusesse funcionar de outra. Você para e entende que existe uma consciência maior, expandida. Faria de novo.”

Essa intensidade é a mesma que a faz se emocionar ao contar sobre um projeto de que participou recentemente: uma oficina de teatro para refugiados haitianos. “A ideia era provocar uma interação entre atores brasileiros e esses 12 seres humanos maravilhosos. Descobrimos muito mais semelhanças que diferenças, incluindo toda a história de luta, de resistência, de exploração dos povos latinos. Acho que foi o pontapé para que eu continuasse o resgate das minhas origens, após anos tendo minha imagem tão exposta.”

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Dias depois da conversa, Maria viajou para passar o Ano-Novo com a família na Espanha – terra do avô Casadevall. Emendou um curso de línguas no sul da França que deveria durar até meados de fevereiro. O convite para a novela, porém, obrigou-a a interromper as aulas e voar para as gravações no Chile. “Gosto muito das surpresas da vida”, ela me dissera naquele dia.
A novela deve entrar no ar com a série semanal Vade Retro, misto de terror e comédia. Foi ela, de certa forma, a razão daquele tom exótico das madeixas da morena – para viver Lilith, Maria descoloriu os fios até ficarem cinza. O “cenourinha”, obra de uma argentina “muy loca” de um salão paulistano, foi adotado para corrigir a raiz após o retiro.

Já ia me esquecendo: o almoço? Ela já tinha comido, com a mãe, e tomou só um cappuccino.

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