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Como saber quando parar de amamentar

Há pouquíssimas situações que exigem que você prive o bebê do seu leite, alimento imbatível nos primeiros meses de vida

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 29 out 2016, 01h35 - Publicado em 23 nov 2010, 22h00

Pneumonia, sinusite, bronquite, infecções urinárias e a maior parte das doenças causadas por bactérias não alteram a composição do leite
Foto: Getty Images

Você começa a espirrar e logo fica inquieta: e se for gripe – o bebê pode adoecer por causa do leite? A resposta é não para essa e qualquer outra virose. “Os vírus não passam pelo leite, mas pelo contato com as mãos e a boca”, afirma Elisabeth Mesquita, ginecologista, obstetra e mastologista, de São Paulo. Controle os beijos e capriche na higiene pessoal antes de pegar a criança no colo, mas não interrompa a amamentação, pois os especialistas garantem que o leite continua sendo o melhor alimento para ela e antídoto natural contra inúmeras doenças e infecções, mesmo quando a mãe está com algum probleminha de saúde.

Gripes e viroses

Nenhum tipo de gripe, nem a temida gripe A (H1N1), chega ao bebê pelo leite. Segundo o pediatra Marcus Renato de Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e editor do site Aleitamento.com, se esse for o caso, a recomendação é manter as janelas da casa sempre abertas e usar máscara descartável na hora da amamentação. A mesma precaução vale se você tiver contraído dengue: não é preciso alterar a rotina das mamadas, pois a doença só é transmitida pela picada do mosquito. Sossegue, também, em relação aos medicamentos – a dose de antivirais que passa para o leite é mínima, insuficiente para provocar qualquer reação negativa no bebê.

Doenças infecciosas

Pneumonia, sinusite, bronquite, infecções urinárias e a maior parte das doenças causadas por bactérias não alteram a composição do leite. Também não são transmissíveis por meio da amamentação. “Nem mesmo um quadro de tuberculose contraindica o aleitamento. Em todas essas situações, porém, o pediatra deve ser informado sobre os medicamentos que a mãe está tomando, e ela deve manter uma rotina de higiene ainda mais rigorosa”, diz Carvalho.

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Processos alérgicos

Alergias alimentares, de pele ou respiratórias, como crises de rinite e de asma, podem debilitar você e comprometer seu desempenho na hora da mamada, mas não alteram a quantidade nem a qualidade do seu leite. Siga tranquila e tente descansar.

Como saber quando parar de amamentar

Internações

Caso você precise ficar alguns dias longe do bebê para se submeter a uma cirurgia, prepare um estoque de leite fazendo a ordenha manualmente ou com bombas de extração. O alimento pode ser congelado por até três meses em frascos de vidro apropriados. Se for possível, o leite deve ser dado ao bebê com uma colher, e não na mamadeira. Esse cuidado evitará que ele se acostume com a facilidade de sugar a mamadeira e fique preguiçoso, recusando o peito quando você reassumir seu posto.

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Fissuras e mastite

Comuns nas primeiras semanas depois do parto, as fissuras não fazem mal ao bebê, mas machucam a mãe. Às vezes, elas indicam que a posição da mamada não está correta ou que a criança não está abocanhando toda a aréola – ela fará isso melhor se, por exemplo, sua mama não estiver cheia demais. Para evitar complicações, exponha os seios ao sol durante cinco minutos todos os dias e, depois de cada mamada, espalhe um pouco do próprio leite em volta dos bicos para ajudar na cicatrização. Existem, ainda, pomadas à base de lanolina, que protegem essa área delicada e são inofensivas para seu filho. Caso os mamilos estejam muito machucados, fale com o médico sobre a possibilidade de intercalar as mamadas com o oferecimento do seu leite previamente extraído em uma colher. Só não interrompa a amamentação, pois há risco de mastite, infecção nos dutos causada pelo acúmulo do famoso “leite empedrado”. Quando isso acontece, a melhor solução é a própria amamentação ou, nos casos mais graves, um tratamento com antibióticos e anti-inflamatórios adequados. Importante: não se assuste com a bula desses remédios. Ela costuma contraindicar o uso na amamentação, mas, em geral, isso é desnecessário. Por precaução, converse com o pediatra.

“Sapinho” nos seios

O “beijo” do seu bebê pode gerar esse problema: irritados pela candidíase, os mamilos ficam avermelhados, coçam, ardem e podem apresentar rachaduras. Basta falar com o pediatra. Ele indicará uma medicação específica para a boca do bebê e para seus mamilos, e não há necessidade de suspender a amamentação durante o tratamento.

Bancos de leite para casos especiais

Se a amamentação for interrompida, é mais fácil recorrer a um banco de leite particular. Nos bancos públicos, há fila, e os primeiros a ser atendidos são sempre os prematuros e recém-nascidos com problemas de baixo peso, reflexo de sucção insatisfatório, deficiências imunológicas, doenças infecciosas ou complicações gastrointestinais. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano fornece ainda leite materno com qualidade certificada para gêmeos e casos excepcionais, com justificativa médica. Já para doar é mais fácil: se você é saudável, está amamentando e tem leite de sobra, pode se candidatar.

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