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5 atitudes para completar logo sua lista de tarefas

Siga as dicas para driblar a procrastinação, vilã que pode até derrubar nossa autoconfiança

Por Luara Calvi Anic
Atualizado em 12 abr 2017, 16h04 - Publicado em 8 out 2014, 22h00

O filósofo americano John Perry admite ser um tremendo procrastinador, um cara que, como muita gente, tem o hábito de deixar várias coisas para depois, e isso até o limite. Em A Arte da Procrastinação (Paralela), ele escreve que pessoas com tal característica não são seres preguiçosos.

Pelo contrário: são altamente produtivas e estão quase sempre fazendo algo. Mas podem, por exemplo, se dedicar a regar as plantas ou apontar lápis em vez de cumprir tarefas mais urgentes. Os dias que correm, pródigos em ladrões do nosso foco, pioram tudo. “Se a natureza não oferecia distrações suficientes para nós, a vida moderna conspira para nos esmagar de tanta informação.

Quando sento em frente ao computador para escrever, um único clique já me leva para um jogo de palavras cruzadas ou uma fofoca sobre famosos ou para milhões de outras coisas que são mais satisfatórias do que voltar para o que estava fazendo”, explica. Diante dessa constatação, ele dá dicas de como evitar distrações. O primeiro passo é aceitar que não, você não é um ser 100% racional, que faz única e exatamente o que deve ser feito. “

Uma vez que assuma isso, será preciso lidar consigo mesma como se fosse um filho adolescente com enorme facilidade para se distrair”, ensina. A etapa seguinte é criar condições que tornem mais difícil para você adiar as coisas. Acredite, tomar as rédeas da própria vida só traz benefícios. “Conseguir cumprir o que você se propôs a fazer aumenta a autoconfiança e a autoestima, ajudando a trazer dinheiro, sucesso e felicidade”, resume a coach Paula Abreu, do Rio de Janeiro, autora de Escolha Sua Vida (Sextante).

1. Faça uma lista mais eficiente

Ela é sempre uma grande parceira para procrastinadores. Mas a lista pode ser uma ferramenta ainda mais eficaz e útil. Uma ideia é incluir itens bem básicos, como “acordar às 7”, “tomar café da manhã em casa com meu marido” e “ligar para minha mãe antes de sair”. “São coisas, enfim, que você já iria mesmo fazer e riscá-las dará um senso de realização e mais força para seguir em frente”, diz John Perry. O americano lembra que é importante incluir tarefas prazerosas, como “buscar meu filho na escola e tomar sorvete antes de ir para casa” ou, “na hora do almoço, ficar 15 minutos no Facebook”. Só não vale colocar tais itens logo no topo da lista. “Senão, quando chegar o bloco das tarefas relevantes, não necessariamente prazerosas, é provável que já esteja sem pique”, pondera a coach Flávia Lippi, de São Paulo, autora de Foco & Atenção (Matrix). Melhor é observar quais são seus horários de pico de energia e concentração e usá-los para cumprir tarefas prioritárias.

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2. Aprenda a dizer não

“Para mim, é a coisa mais difícil de aprender”, confessa Perry. Ocorre que soltar um “sim” é um jeito fácil de não desapontar o outro. Além do mais, simplesmente aceitar um pedido pode ser um modo de eliminar um e-mail da sua caixa de entrada. “Mas o tal ‘sim’ voltará para assombrá-la em um dia, uma semana, um mês ou um ano, até que cumpra o que prometeu”, avisa. Será mais um atraso e uma angústia na sua vida. Assim como aceitar qualquer tarefa pode trazer dores de cabeça, arranjar para si mesma metas impossíveis de ser cumpridas a curto prazo só contribui para alimentar a terrível sensação de estar no vermelho, sempre devendo. Pense: de que adianta se impor o objetivo de aprender francês se não há sequer uma hora livre nos seus dias para estudar? “Temos o hábito de ir aumentando a lista do que fazer até o limite do desespero. Seja realista: será o momento ideal para tentar dar cabo de tantas pendências criadas?”, indaga a coach Paula Abreu.

3. Estabeleça suas prioridades

É preciso perguntar a si mesma o que, de fato, é urgente e o que pode ficar para depois – também o que é necessário e o que pode ser deletado da agenda. Depois, planeje seu modo de agir. Flávia Lippi ressalta: “Essa organização parece criar uma vida engessada, mas, ao contrário, dá a você liberdade. Os desorganizados são os que mais sofrem por falta de tempo”. Ficam aflitos por não conseguir fazer o que precisam. É que a tendência de quem não define prioridades é tentar resolver tudo ao mesmo tempo agora – o que nunca dá certo. A situação só piora com a internet. Se dá para fazer do celular, do tablet ou do laptop a qualquer hora, muita gente responde e-mails não urgentes no ato ou paga contas antes do vencimento achando que está adiantando a vida. Mas isso rouba tempo de tarefas inadiáveis. Pesquisa americana da Universidade Estadual da Pensilvânia até batizou quem age assim de “precrastinador”: na ânsia de antecipar o que nem era urgente, atrasa o que realmente era.

4. Administre o medo e comece já

“Entre os escritores, há um grande medo de falhar”, diz Perry. “Assusta o fantasma de que, ao trabalhar e botar alguma coisa para fora, isso pode ser rejeitado ou talvez até publicado, mas não entusiasmar ninguém.” Deixar um projeto para depois, portanto, é uma forma de mantermos o máximo possível intacta a ideia de que somos seres perfeitos, adiando o momento de encarar análises e críticas. “Enquanto não terminamos uma tarefa, podemos nos agarrar à ideia da obra-prima”, resume a psicanalista Diana Corso. Já concluir significa começar a correr riscos. E se o resultado não ficar tão bom? Não procrastinar requer parar de encobrir os medos – ou melhor, enfrentá-los partindo para a ação logo. Detalhe que pode ajudar: para atingir a perfeição, é preciso praticar muito. Então, está esperando o quê?

5. Crie minitarefas

Quebrar uma grande tarefa em outras menores a torna mais exequível e menos assustadora. “São pequenos passos em direção aos projetos mais difíceis”, diz Perry. Uma coisa é anotar “fazer relatório” ou “planejar férias”. Outra é prever: pesquisar dados para relatório; escrever introdução; escrever o restante; reler e finalizar. Ou: comprar passagens; reservar hotéis; comprar guias; programar passeios… Até porque não somos feitos para nos concentrar de modo prolongado em uma única coisa. O homem primitivo tinha recompensas diretas, como caçar e comer. “Não conseguimos manter o tônus atencional, nossa capacidade de focar, por muito mais que 40 minutos. Só com treino”, diz o neurologista Ivan Hideyo Okamoto, da Universidade Federal de São Paulo. Assim, ir cumprindo etapas ajuda a chegar lá.

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