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Vacina contra a zika: resultados positivos nos primeiros testes

Pesquisa é resultado de parceria entre instituições americanas e Instituto Evandro Chagas, ligado ao Ministério da Saúde

Por Da Redação
11 abr 2017, 17h31

Uma candidata a vacina contra o vírus zika, desenvolvida na Universidade do Texas em parceria com o Instituto Evandro Chagas, órgão ligado ao Ministério da Saúde brasileiro, se mostrou eficaz em proteger camundongos contra a infecção.

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Para criar a vacina, os pesquisadores modificaram geneticamente o vírus da zika, removendo uma parte de seu genoma. O resultado da modificação é um vírus atenuado, ou seja, incapaz de provocar infecção. Uma técnica parecida com essa está sendo utilizada no desenvolvimento de uma vacina contra a dengue, atualmente em fase de testes clínicos.

Testes

A vacina contra a zika foi testada em camundongos. Nos testes, os animais foram divididos em dois grupos: um deles recebeu o vírus selvagem da zika e o outro recebeu o vírus atenuado, como na vacina em desenvolvimento.

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Após exposição ao vírus, os animais do primeiro grupo apresentaram alta carga viral e cerca de metade morreu. No segundo grupo, nenhum animal morreu. Além disso, 30 dias depois, os animais vacinados foram novamente expostos ao vírus selvagem e não apresentaram sinais de vírus no sangue. Isso indica que a vacina cumpriu sua missão de imunizar os animais. Os resultados foram publicados no periódico científico Nature.

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“Para uma vacina ser considerada bem sucedida, é preciso que ela equilibre eficácia e segurança. Vacinas feitas a partir de vírus vivos atenuados geralmente apresentam imunidade rápida e duradoura, enquanto outros tipos de vacinas podem requerer várias doses e reforços periódicos. Portanto, uma vacina viva atenuada segura será ideal na prevenção da infecção por vírus Zika, especialmente em países em desenvolvimento”, disse a pesquisadora envolvida nos testes, Pei-Yong Shi.

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“Segurança é o maior obstáculo no desenvolvimento de uma vacina com vírus vivo atenuado e a nossa vacina mostrou-se segura nos camundongos em que foram testadas”, disse Shi.

Segundo o G1, atualmente, a vacina está sendo testada em macacos e os experimentos devem ser concluídos até o início de maio.

“As vacinas são uma ferramenta importante para a prevenção da transmissão do vírus Zika e microcefalia”, disse Pedro F. C. Vasconcelos, virologista médico e atual diretor do Instituto Evandro Chagas. “Esta vacina, a primeira desse tipo para zika, irá melhorar os esforços de saúde pública para evitar as doenças causadas por zika em países onde o vírus é comumente encontrado”.

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Segundo nota de divulgação à imprensa, o alvo inicial da vacina são as mulheres em idade fértil, seus parceiros sexuais e crianças com menos de 10 anos de idade.

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