7 erros comuns (e perigosos) de quem usa lente de contato

Rígida ou gelatinosa, de longa duração ou descartável — para todos os tipos de lente de contato, a palavra de ordem é higiene. Conversamos com o oftalmologista Marcelo Cunha e listamos todos os cuidados que quem usa o produto deve ter.

Por Aline Gomiero
Atualizado em 28 out 2016, 14h39 - Publicado em 15 jun 2015, 12h48

1. Não respeitar o prazo

Siga à risca as orientações dos fabricantes. Se a lente de contato é para ser usada 15 dias e depois descartada, jamais ultrapasse esse período. “Muitas vezes, pelo fato de ser muito confortável, a pessoa acredita que enquanto não incomodar o olho, a lente de contato ainda pode ser usada. O que não é verdade. O prazo de validade precisa ser respeitado”, explica o oftalmologista Marcelo Cunha. Se passar a data indicada, o produto perde segurança e eficiência.

2. Não limpar o estojo corretamente. Nem trocar o produto

O estojinho deve ser lavado com água e sabão neutro, seguida de uma boa secagem. Além disso, é preciso trocá-lo a cada três meses. A solução multiuso deve ser trocada sempre que você for guardar as lentes. Quando estiverem fora de uso, o correto é fazer a higiene das lentes e a troca da solução a cada quatro dias. “Jamais substitua composto químico por soro ou água de torneira”, orienta o profissional. A solução multiuso é específica para a limpeza porque contém agentes antibacterianos e substâncias que funcionam como um detergente. Ela limpa e ainda mantém as lentes hidratadas.

Veja o jeito certo de lavá-las:

Lave as mãos e retire uma das lentes. Coloque-a na palma, despeje a solução e esfregue com a ponta do dedo.
Enxágue a lente e ponha-a no estojo, embebida na solução multiúso. Repita o ritual com a segunda lente

3. Dormir com lente

Existem no mercado modelos de lente que permitem que a pessoa durma com elas. Caso você não use este modelo, jamais pregue o olho com ela. Para evitar ressecamento, evite também usá-la durante vôos longos. Um estudo publicado pela revista Ophthalmology mostrou que quem dorme com a lente, mesmo que eventualmente, aumenta em 6,5 vezes o risco de lesões oculares.

4. Não visitar o oftalmologista

O médico oftalmologista é a única pessoa capacitada para avaliar o formato e a curvatura do olho de alguém e indicar qual lente é ideal para você. “Faça o controle oftalmológico periódico e procure auxílio em caso de vermelhidão”, avisa Cunha.

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5. Não tomar cuidado na praia e piscina

Mar, areia e sol. Esta é a combinação perfeita para contaminar suas lentes. Para evitar problemas, use o modelo de descarte diário sempre que for a praia. Opte também por lentes que oferecem proteção contra raios UV. Evite entrar na piscina com elas. O cloro contamina o produto, reduzindo a vida útil e pode abrir caminho para infecções da córnea e conjuntivite.

6. Usar as lentes com os olhos irritados

A vermelhidão indica que há algo de errado nos globos oculares. Em geral, isso acontece por alguma irritação ou alergia – e ela pode ser provocada, inclusive, pelas próprias lentes. Por isso, até que se descubra a causa da vermelhidão, suspenda o uso.

7. Não se preocupar com a higiene

E se a lente cair no chão? Descarte! Mesmo com a limpeza apropriada com a solução, o risco de contaminação é enorme. Uma situação comum que deve ser evitada é, numa emergência, limpar a lente com água ou saliva e colocar novamente nos olhos. Jamais faça isso.