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7 coisas que você não sabia sobre diabetes

É possível deter essa doença sorrateira que se alastra em ritmo de epidemia e pode ter consequências graves. A melhor prevenção está ao nosso alcance: adotar quanto antes hábitos saudáveis.

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 14h37 - Publicado em 13 set 2016, 15h08

O açúcar, que ajudou a construir a cultura deste país em tempos coloniais, destaca-se outra vez na nossa história, mas não por um motivo nobre. O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com maior incidência de diabetes: 12 milhões apresentam a doença, causada por insuficiência da produção ou da ação da insulina, que leva ao aumento das taxas de glicose no sangue. Já são 415 milhões no mundo, e esse número pode chegar a 642 milhões em 2040, segundo a Fundação Internacional de Diabetes (IDF). “Estamos diante de um grande desafio de saúde pública”, alerta o endocrinologista Antonio Roberto Chacra, diretor do Centro de Diabetes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De cada dez brasileiros, seis correm risco de apresentar o distúrbio. Para escapar dessas estatísticas, é preciso conhecer melhor o mal.

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1. Metade dos diabéticos não faz ideia de que tem a doença
A forma mais comum, o diabetes tipo 2, que responde por 90% dos casos, chega silenciosamente. Pode evoluir ao longo de 10, 15 anos sem sintomas. Por isso, metade dessas pessoas não imagina que suas taxas de açúcar no sangue estejam altas. Já o tipo 1, que se manifesta mais na infância, provoca perda de peso, sede excessiva e maior frequência urinária. As causas são diferentes. “No 1, as células que produzem insulina são destruídas pelo sistema imunológico. Sem esse hormônio, a glicose dos alimentos não chega aos tecidos”, afirma a endocrinologista Thais Melo, da Boehringer Ingelheim do Brasil. No tipo 2, que costuma aparecer na vida adulta, ainda há insulina, mas a quantidade é insuficiente ou ela não age como deveria.

2. A obesidade é a principal vilã
A maior responsável pela escalada do diabetes no mundo é a obesidade, revela Bianca de Almeida Pettito, coordenadora do Departamento de Epidemiologia da Sociedade Brasileira de Diabetes. “No Brasil, o alto consumo de gordura saturada e alimentos açucarados, aliado ao sedentarismo, está levando a um considerável aumento de peso da população”, diz. Não é preciso ser obeso mórbido para expor-se ao risco: o sobrepeso, especialmente quando a gordura está na região do abdome, já é capaz de atrapalhar a ação da insulina. Histórico familiar de diabetes também eleva a probabilidade de desenvolver a doença.

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3. Há mais casos diagnosticados em mulheres
Dos 18 aos 45 anos, o diabetes é mais comum no sexo feminino. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde realizada em 2015, 7,8% das mulheres apresentam a doença ante 6,9% dos homens. Mas isso não significa que elas sejam mais vulneráveis – apenas são mais diagnosticadas. “Durante a idade fértil, as mulheres costumam ir ao ginecologista e fazem exame de glicemia como rotina. Homens não têm esse hábito”, afirma a epidemiologista Bianca.

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4. O diabetes gestacional prejudica mãe e bebê
Durante a gravidez, a placenta libera hormônios que dificultam a ação da insulina, estimulando o pâncreas a elevar sua produção. Normalmente o corpo se adapta sem problemas. Mas o organismo de cerca de 7% das gestantes não consegue responder bem à demanda. O feto acaba exposto a grandes quantidades de glicose, aumentando o risco de parto prematuro e da elevação da pressão arterial no final da gravidez. O bebê também pode sofrer com hipoglicemia neonatal. Para evitar chegar a esse ponto, é necessário um controle rigoroso dos níveis de açúcar na gestação. “As mais vulneráveis são as gestantes com mais de 35 anos que engordam muito ou têm histórico familiar”, explica Bianca Pettito. E, no futuro, até 50% delas podem desenvolver diabetes tipo 2.

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5. Doenças cardiovasculares são a maior preocupação
A exposição prolongada a altos níveis de glicose pode gerar complicações graves, que vão de problemas circulatórios a danos nos nervos. No entanto, o que mais preocupa os especialistas é o risco aumentado de doenças cardiovasculares. “De cada dois diabéticos, um morre em decorrência de obstruções nas artérias”, adverte o cardiologista José Francisco Kerr Saraiva, da PUC de Campinas (SP). Além de ser um fator de risco por si só, a doença costuma estar relacionada a agravantes perigosos, como obesidade e sedentarismo.

6. Não basta cortar doces
Qualquer fonte de carboidratos altera os níveis de glicose. Por isso, eles devem ser consumidos com moderação. O cerco é maior aos refinados, como massas e pães brancos. Alimentos ricos em fibras, como cereais integrais, liberam a glicose mais lentamente, favorecendo o controle da glicemia. O tratamento prevê, ainda, a prática de atividade física e a administração de antidiabéticos ou insulina. Feito corretamente, reduz em até 70% as complicações.

7. É possível evitar a doença depois dos primeiros indícios
A pré-diabetes é um sinal amarelo que avisa sobre alterações no nível de glicose no sangue e é a única etapa em que a doença pode ser revertida. “Dieta balanceada e atividade física são capazes de mudar a evolução de 60% dos casos”, avisa Bianca Pettito. Para o diagnóstico precoce, faça testes de glicemia a partir dos 25 anos e fique ainda mais atenta se houver casos de diabete ou obesidade na família.

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