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Taís Araújo é nomeada Defensora das Mulheres Negras pela ONU

Antes de Taís, a ONU Mulheres Brasil já havia nomeado a atriz e escritora Kenia Maria para o posto de combate ao racismo. Conheça sua história.

Por Letícia Paiva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 jul 2017, 18h15

A atriz Taís Araújo, 38 anos, foi nomeada Defensora dos Direitos das Mulheres Negras pela ONU Mulheres Brasil, nesta segunda-feira (3). Conhecida por levantar a bandeira de luta contra o racismo, a atriz terá a missão de apoiar iniciativas da organização no combate à desigualdade de gênero e ao preconceito racial. Ela anunciou a nova função em seu perfil do Instagram.

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Minha semana começou em 2017, mas com os olhos bem atentos para 2030. Hoje, Dia Nacional do Combate à Discriminação Racial, tive a honra de receber o título de Defensora dos Direitos das Mulheres Negras da ONU Mulheres no Brasil. Meu objetivo central é agregar para reduzir as diferenças. Agregar ao debate homens, mulheres, brancos, negros, orientais, indígenas, enfim, todos os brasileiros e brasileiras nessa missão, transformando a realidade com amor e coragem. Cada um de nós tem em si a força necessária para essa mudança. Juntos poderemos chegar em 2030 com uma perspectiva de igualdade para todos. Está longe? Ou muito perto? Utópico? Realista? Não sei. Só consigo responder que é urgente! Estou junto com a @onumulheresbr pra que cheguemos em 2030 orgulhosos dos nossos planos e conquistas. E convido vocês para fazer parte disso. Vamos juntos? 🙋🏽🙋🏼‍♂️🙋🙋🏽‍♂️🙋🏿🙋🏼🙋🏿‍♂️🙋🏻🙋🏻‍♂️🙋🏾🙋‍♂️

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Kenia Maria

(Serendipity/Divulgação)

Antes de Taís, a ONU Mulheres Brasil já havia nomeado atriz e escritora carioca Kenia Maria,  41 anos, como a primeira Defensora dos Direitos das Mulheres Negras. No posto, Kenia atua no combate ao racismo. A primeira batalha é fazer valer o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas – obrigatório por lei, mas insuficiente na prática. “Na infância, olhava para além da minha família e não me via representada. A Barbie era branca, as paquitas eram loiras. Nem Iemanjá era negra”, diz.

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Uma dificuldade para a grande parte dos negros no Brasil é conhecer suas raízes e sua história, apresentada apenas superficialmente nos livros didáticos. Kenia traça sua origem por meio das histórias da família: da bisavó materna, filha de índia pataxó com italiano; do avô pai de santo e do pai capoeirista; da mãe pedagoga e da tia médica. “Preservamos detalhes que nos ligam às nossas origens. Até hoje comemoramos com festas africanas quando alguém entra na faculdade”, diz.

Com 18 anos, durante a formação da ONG AfroReggae, Kenia passou a promover rodas de conversa para ensinar meninas e adolescentes de comunidades cariocas a fazer turbantes e valorizar o cabelo afro. “Tínhamos pouco acesso a essa consciência que a internet hoje ajuda a disseminar”, diz. “Chegou a hora de questionar a ‘democracia racial’ e lembrar que não está bom para as mulheres negras, vitimadas pelo preconceito e pela violência”.

Na época da nomeação, em março deste ano, a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, comentou oficialmente a escolha: “Kenia tem se dedicado à literatura negra infantil e à defesa das religiões de matriz africana, o que agregará aos debates sobre os direitos das mulheres negras durante a Década Internacional de Afrodescendentes e as ações para acelerar a igualdade de gênero no Brasil em apoio à iniciativa global da ONU Mulheres Planeta 50-50 com paridade de gênero em 2030”. A Organização ainda não oficializou a nomeação de Taís Araújo. 

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