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Racismo: em livro, Lázaro Ramos fala sobre ser negro no Brasil

Em "Na Minha Pele", o ator reflete sobre discriminação, tomada de consciência e afeto, tudo a partir de experiências pessoais

Por Beatriz Koch Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 jun 2017, 13h49 - Publicado em 10 jun 2017, 13h46

Convidado para a sessão de abertura da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o ator baiano lança “Na Minha Pele” (Objetiva, R$ 34,90), ao lado da historiadora Lilia Moritz Schwarcz.

Depois de dez anos de amadurecimento por parte de Ramos, o projeto chega com uma missão importante: estabelecer uma conversa franca com os leitores sobre pluridade cultural, social, étnica e social. “Quando comecei, nem sabia qual era o assunto sobre o qual iria escrever”, disse Ramos, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.  “Primeiro, busquei dados oficiais (do IBGE, Ipea), mas o livro ficou duro. Voltei então à ilha do Paty, onde nasci, na Bahia, para conversar com amigos de infância e parentes mais velhos, a fim de buscar inspiração. Começou a surgir uma costura de assuntos, mas a ordem cronológica me incomodava”, completou ele. Ali, ele percebeu que assuntos pertinentes são tratados por meio de um bom diálogo.

E assim o fez. Em “Na Minha Pele”, o leitor encontra um misto de autobiografia e diário, tudo bem costurado por um texto sincero, que toca em assuntos delicados de forma direta, por falar de intimidades que incomodam e emocionam. A ideia de Ramos é compartilhar experiências pessoais e, especialmente, suas reflexões sobre temas específicos, como a importência que se dá à pele que nos habita. Sobre a dificuldade que muitos negros ainda têm de assumir sua cor de pele, ele disse, ainda em entrevista ao O Estado de S. Paulo: “Quando você assume sua negritude, pode ter alguma consequência. Não vivemos em uma sociedade que permite cada um se assumir e viver bem. Há muitos homossexuais que não se assumem. Vou recriminar? Não. A gente pensa muito em militância, em atitude política, algo isolado do ser humano, das nossas dores e da psicologia. Precisamos dar conta disso também. É muito importante ter uma boa saúde mental”.

 

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO (Estadão/AgNews)

 

Aos 38 anos, o ator não só se consolidou como um dos principais atores brasileiros como também solidificou a imagem do artista preocupado com questões da sociedade. Ramos conta que o nascimento dos filhos João Vicente e Maria Antônia, além de seu casamento com Taís Araújo, atriz que cada vez mais conquista respeito pela força de seus argumentos, foram momentos que o ajudaram a consolidar a forma de pensar questões urgentes para sua vida e para o Brasil, país cada vez mais desigual.

 

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