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Estudante escuta “Você salvou uma mulher” após ser estuprado

Ele foi ameaçado com uma arma para entrar no carro do agressor enquanto fazia uma caminhada

Por Da Redação
23 ago 2017, 15h44

O estudante Mateus Henrique da Silva, de 23 anos, compartilhou em seu Facebook relato de violência sexual sofrida no último domingo, dia 20. Ele estava fazendo uma caminhada matinal em Uberaba (MG) quando foi abordado pelo agressor, dentro de uma caminhonete preta.

“Ele me fez escolher entre entrar no veículo ou levar um tiro ali mesmo”, relatou a vítima. O homem levou Mateus até uma mata e começou a violentá-lo com paus, pedras e arame farpado.  “Não foi sexo, foi tortura”, alegou Mateus.

(Reprodução/Facebook)

A vítima foi encontrada pela Polícia Militar com pés e mãos amarrados, de calça e sem camisa, com o corpo machucado e pedaços de galho seco dentro de uma das orelhas. No boletim da PM consta que ele estava “bastante abalado psicologicamente”. Ele foi levado a um hospital, onde a perícia constatou a violência sexual sofrida.

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Mateus relatou que o crime poderia ter resultado em assassinato caso a vítima tivesse sido uma mulher. “Ele queria uma menina que provavelmente ia matar depois. Já que encontrou só um garoto, esse ia salvar a vida dela. ‘Parabéns, você salvou uma mulher hoje’, disse ele depois de me amordaçar, amarrar e mandar correr descalço no asfalto quente antes que ele voltasse com outra ideia”, escreveu.

Leia mais: “Fui estuprada”: famosas que revelaram ter sofrido abuso sexual

Indiferença e culpabilização

O universitário relatou também uma posterior violência sofrida, quando pediu socorro na rua e não foi considerado. Enquanto andava ferido e amarrado, mais de 20 pessoas passaram por ele sem prestar ajuda. “Acharam que eu era drogado, assaltante… tudo bem, eu entendo, mas não custava chamar a polícia, que era a única coisa que eu conseguia gritar. Eu estava sozinho. Com medo”, contou Mateus.

Finalmente, um motoqueiro se dispôs a chamar a polícia. A violência, no entanto, não se encerrou ali, pois Mateus ainda teve que lidar com a culpabilização da vítima:Não se enganem, nem os policiais e nem a equipe médica estavam preparados para um caso desses. ‘Mas você conhecia o agressor?’, ‘Por que você não correu?’, ‘Ele não titubeou nenhum momento pra você se aproveitar?’ e ‘O indivíduo alega’ foram as melhores pérolas que ouvi. Como sempre a culpa é da vítima“, lamentou.

Leia mais: Filmes que ajudam a falar sobre abuso sexual com os filhos

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