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Como esse casal transformou o surfe numa ferramenta de empoderamento feminino

Em meio às rígidas tradições de Bangladesh, o surfista Rashed Alam e sua mulher mudaram a vida sem perspectiva de pequenas vendedoras ambulantes

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 27 out 2016, 22h15 - Publicado em 29 fev 2016, 17h52

Quando estou pegando onda com minha prancha, me sinto livre”, diz Suma, 14 anos, em sua pequena casa na periferia da cidade de Cox’s Bazar, centro turístico de Bangladesh. Ela é uma das oito alunas que, desde janeiro de 2014, disputam as ondas com os meninos nas aulas do Life Saving and Surfing Club, primeiro centro para salva-vidas e surfistas do país asiático. Criada pelo bengalês Rashed Alam, 27 anos, e sua esposa, Venessa Rude, 36, a iniciativa dá a garotas entre 12 e 18 anos, de origem humilde, a possibilidade de um futuro melhor.

Rashed, que aprendeu a surfar aos 18 anos observando vídeos de grandes surfistas na internet, percebeu que seu hobby despertava o interesse das adolescentes que vendiam artesanato, comida e bijuterias pela praia, caminhando na areia de um lado para o outro. “Um dia, perguntei se gostariam de experimentar. Elas nunca mais se separaram da prancha”, lembra. O grupo foi crescendo pouco a pouco, mantido por doações. Além de ensinar surfe e inglês, o casal ainda contribui financeiramente com as famílias das meninas. “O sonho delas é tornar-se salva-vidas ou surfistas profissionais para ajudar os pais mais adiante”, explica Venessa.

Em um país onde, segundo a Organização das Nações Unidas, apenas 40% das meninas chegam ao ensino médio e quase 5 milhões de crianças entre 5 e 15 anos são submetidas ao trabalho infantil, o Life Saving and Surfing Club oferece uma alternativa. “Aqui a sociedade é muito fechada e o respeito às tradições comanda e guia a vida”, conta Rashed. “O surfe não é bem visto e muitos nem sabem do que se trata. Não é fácil fazer as pessoas entenderem que não se trata apenas de um esporte, mas de um estilo de vida”, afirma. Não à toa, o casal comemora o que pode ser o início de uma pequena revolução cultural, potencializada pela modalidade. “Ver essas jovens surfando me deixa muito feliz e realizada”, diz Venessa, com um sorriso no rosto.

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