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Bolsista da FGV é hostilizada com grito de “Negrinha, aqui, não!”

Ofensa de cunho racistas foram escutados durante de recepção a calouros da faculdade no campus de São Paulo

Por Maria Beatriz Melero Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 mar 2017, 16h31

Um caso de racismo foi registrado no campus da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na última sexta-feira (3). Uma caloura da instituição, do curso de administração, foi vítima de ofensas de cunho racista durante o Interbixo –  evento esportivo de recepção aos ingressantes da faculdade.

Na ocasião, o grito “negrinha, aqui, não!” foi direcionado para a lateral da quadra que acontecia o jogo e onde se localizava a estudante de 17 anos. Após a agressão, a partida foi interrompida o público local se mobilizou para encontrar o responsável pelos insultos – porém, sem sucesso.

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O caso mobilizou os estudantes da FGV-SP. O coletivo de ativismo negro 20 de Novembro e o cursinho popular da faculdade soltaram notas de repúdio ao acontecido e cobraram providências da diretoria da instituição.

“Não vamos admitir que atos como esses continuem acontecendo dentro dos muros da Instituição (…) O recente acontecimento demonstra que é necessário criar um espaço propício para a inclusão social e, especialmente, a racial, ou seja, é necessário que os mecanismos de inclusão se estendam para além da entrada desses alunos, mas, também, para sua permanência, a fim de proporcionar um desenvolvimento integral do aluno. Tal injúria racial, manifestada de modo público dentro da escola, traz e trouxe impactos negativos relacionado a inclusão desta vítima, uma vez que fere a dignidade da pessoa humana, abala a autoestima e, portanto, pode vir a causar uma série de barreiras para as diversas faces do desenvolvimento desta pessoa”, manifestou-se o Coletivo.

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“Acreditamos que o conhecimento deve ser democratizado e a empatia deve ser presente em nossas relações com o outro, com o diferente”, disse o cursinho da FGV.

Por meio de nota, a faculdade disse que uma Comissão de Sindicância foi aberta para apurar o caso e considera precoce tirar conclusões sobre a situação. “A FGV já constituiu uma Comissão de Sindicância para apurar os fatos, sendo prematuro fazer qualquer prejulgamento acerca destes quanto à suposta autoria – considerando que o evento esportivo era aberto ao público e não restrito a alunos da instituição.”

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Contraste social

A estudante vítima de racismo faz parte do grupo de bolsistas de baixa renda que ingressaram neste ano na faculdade – que chega a ter mensalidades superiores a R$ 3.500.

Para entrar no sistema de ensino da FGV-SP, a aluna passou pelo processo seletivo tradicional da instituição e conseguiu a bolsa integral por seu desempenho na prova e comprovação de renda.

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