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Aluno de medicina da USP acusado de estupro é inocentado

Daniel Tarciso da Silva Cardoso, 35 anos, foi acusado de dopar e abusar sexualmente de uma aluna do curso de Enfermagem

Por Da Redação
Atualizado em 11 fev 2017, 15h29 - Publicado em 11 fev 2017, 15h24

Daniel Tarciso da Silva Cardoso, 35 anos, estudante de medicina da USP acusado de dopar e estuprar uma colega do curso de Enfermagem, foi absolvido na última terça-feira (7/2) pelo juiz Klaus Marouelli Arroyo, da 23ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

A sentença diz que a decisão foi tomada com base na “inconsistência das declarações da ofendida”, segundo documento obtido pelo site Ponte, de direitos humanos. O fato de a estudante ter entrado no quarto de Cardoso “de livre e espontânea vontade” estaria entre os motivos para que a ação fosse julgada improcedente.

A vítima afirma que o abuso sexual ocorreu no dia 11 de fevereiro de 2012 no dormitório de Cardoso, na Casa do Estudante, em São Paulo. O relato diz que os dois se encontraram em uma festa sediada Atlética de Medicina, onde a jovem ingeriu uma bebida “batizada”. Isso significa que o drinque foi manipulado por alguém, que depositou algum tipo de droga dopante. A partir deste momento, a garota não tem mais lembranças precisas dos acontecimentos.

Quando acordou, com parte do estado de sobriedade recuperado, Cardoso a estuprava e persistiu na violência com ameaças, apesar das tentativas da jovem de se soltar e dos pedidos para que ele parasse. Ela afirmou ainda que ele usou a “absoluta superioridade física”, segundo o G1.

Cardoso foi policial militar de 2004 a 2008. Já foi processado por homicídio depois de matar Danilo Bezerra da Silva a tiros, durante uma briga no carnaval, em 2004. A Justiça considerou legítima defesa e a pena de 1 ano de detenção foi anulada.

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O Conselho Regional de Medicina de São Paulo, em novembro de 2016, informou que iria indeferir o registro profissional (CRM) de Cardoso “até ter acesso aos autos de sindicância e processo sob guarda da referida Faculdade”. Na sexta-feira (10/2), a entidade reafirmou seu posicionamento. “Até o momento, o Cremesp não recebeu a documentação solicitada à Faculdade para análise do caso. O pedido será reiterado.”

Estupro na Universidade

Em setembro 2015, CLAUDIA publicou a reportagem “Estupro na Faculdade”. A apuração mostrou que nas melhores universidades brasileiras os alunos estupram suas colegas como parte da vida recreativa estudantil.

O escândalo atingiu primeiro a Universidade de São Paulo (USP), a mais influente instituição de ensino superior da América Latina, onde alunas da tradicional Faculdade de Medicina denunciaram abusos, de que foram vítimas, em festas ocorridas às barbas da diretoria. Uma CPI instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo apurou esses casos e ainda racismo e homofobia praticados também na Unesp, Unicamp, nos campi da USP de Ribeirão Preto e Pirassununga, e ainda na PUC de São Paulo e de Campinas.

Leia a coluna “Com quantos paus se constrói um estuprador-universitário”, também escrita por ela e publicada na época.

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