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Esta carta de Marilyn Monroe sobre sua depressão é de cortar o coração

"Às vezes, eu penso para que serve a noite. Ela quase não existe para mim - tudo parece um longo, longo e horrível dia".

Por Lucas Castilho
Atualizado em 12 abr 2024, 10h38 - Publicado em 11 Maio 2016, 12h07

Muito já foi debatido sobre a vida amorosa de Marilyn Monroe e sobre os problemas dela com drogas. Porém, a profunda depressão sofrida pela atriz nem sempre é motivo de discussão. O assunto, ainda um tabu nos dias de hoje, era ainda mais “proibido” nos anos 1960, e na época quase não se falava sobre isso.

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Em uma carta de seis páginas obtida pela revista People, que irá a leilão em novembro deste ano junto de outros itens pessoais raros da artista, ela revela alguns detalhes da doença e, principalmente, da experiência vivida em uma clínica psiquiátrica de Nova York.

“Acordei a noite toda ontem de novo. Às vezes, eu penso para que serve a noite. Ela quase não existe para mim – tudo parece um longo, longo e horrível dia”, escreveu ela para o Dr. Ralph Greenson, o médico psiquiatra que, um ano após ela ter escrito o documento, a encontraria morta em 5 de agosto de 1962.

Teste: É tristeza ou depressão?

Na carta, que evidencia certa negligência para com os problemas que enfrentava, a atriz conta ter sido colocada em uma “cela” especial para pacientes com sérios distúrbios mentais, e se sentia profundamente ignorada pela equipe. “Era como se eu estivesse presa por um crime que não cometi”, escreveu.

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Reprodução/ PEOPLE
Reprodução/ PEOPLE ()

Imagem da carta que será leiloada em novembro

Segundo ela, para tentar chamar a atenção das pessoas que trabalhavam na clínica, bolou um plano desesperado: 

“Admito ter sido barulhento, mas tive a ideia a partir de um filme que fiz uma vez chamado “Almas Desesperadas”. Peguei uma cadeira, daquelas mais leves, e joguei ela contra um vidro – foi difícil porque nunca tinha quebrado nada antes. Demorou para que eu conseguisse um pequeno pedaço de vidro, então, fiquei em minha cama e aguardei com isso na minha mão até que ‘eles’ chegassem. Quando vieram, eu disse ‘se vão me tratar como uma maluca, eu vou agir como uma maluca’. É verdade, o que vou dizer agora é um pouco cafona, mas juro que fiz igual ao filme – exceto que nele eu usava uma navalha. Eu indiquei que, caso eles não me tirassem daquela área, realmente me cortaria. E você sabe, dr. Greenson, eu sou uma atriz e nunca me ‘marcaria’ intencionalmente. Sou muito vaidosa”.

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De fato, o incidente surtiu o efeito desejado e ela foi transferida de ala. Lá, o administrador disse que ela era uma ‘mulher muito, muito doente’.

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“Ele falou que eu estava muito, muito doente e ficaria assim ainda por muitos anos. Ainda me perguntou como eu poderia trabalhar quando estava deprimida. Ele imaginava que isso iria interferir no meu trabalho. Ele foi muito categórico quando afirmou isso. E disse mais coisas quando respondi: ‘se ele não achava que, talvez, Greta Garbo ou Charlie Chaplin e até Ingrid Bergamn sofreram depressão enquando trabalhavam, às vezes'”. 

Algumas semanas depois do ocorrido, Joe DiMaggio, segundo marido da atriz, conseguiu tirar Marilyn da clínica. Mas é seguro dizer que, ela exagerando ou não no teor da carta, foram negligentes com a doença. E o tratamento, obviamente, não deu certo, já que um ano depois, a atriz morreu por overdose de barbitúricos. Por casos como este, é tão importante que o assunto depressão seja discutido e tratado como uma patologia e não um capricho.

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