Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A cada 7 segundos uma menina menor de 15 anos é forçada a se casar

É o que revela um levantamento realizado pela instituição Save the Children. Até quando vamos fechar os olhos para essa realidade?

Por Júlia Warken
Atualizado em 15 abr 2024, 08h29 - Publicado em 19 out 2016, 19h42

Quem vive longe dessa realidade costuma pensar que o casamento infantil não é mais uma prática comum hoje em dia. Mas os dados divulgados esse mês pela intituição britânica Save the Children apontam o contrário. A cada sete segundos uma menina menor de 15 anos é forçada a se casar ao redor do mundo.

Há pouco mais de três anos, em setembro de 2013, o mundo se chocou com a morte de Rawan, uma menina de oito anos que foi forçada a casar com um homem de 40. A criança faleceu logo após a lua de mel, pois teve ferimentos profundos no útero, recorrentes de estupro. Ela morava no Iêmen e foi vendida pelo padrasto, por cerca de 6 mil dólares. 

Mas o caso de Rawan é exceção à regra. Não pela violência sofrida, mas pelo fato de o caso ter sido noticiado ao redor do mundo. Casamentos infantis – seguidos de estupro e todo tipo de violência – estão longe de ser incomuns, mas a gente prefere fechar os olhos para isso.

erwo1/Thinkstock
erwo1/Thinkstock ()

Junto com o Iêmen, países como Afeganistão, Índia e Somália estão no topo da lista entre os locais onde a prática é assustadoramente corriqueira. Na época em que Rawan morreu, um levantamento realizado pelo Human Rights Watch revelou que cerca de 52% das meninas se casam antes dos 18 anos no Iêmen, e 14% antes dos 15.

Continua após a publicidade

Mas não se engane, pois o casamento precoce também é uma realidade no Brasil, como retratou a revista Claudia numa reportagem realizada no início desse ano. Segundo a matéria: “O Brasil ocupa o quarto lugar no mundo em número absoluto de crianças casadas. As esposas de 10 a 14 anos são 65 709; delas, 2,6 mil firmaram compromisso em cartório e/ou igreja.” 

Voltando ao relatório da Save the Children, a instituição destaca o fato de que o matrimônio infantil contribui não apenas para a violência sexual e doméstica, mas também para os índices de menor taxa de escolaridade entre mulheres. A gestação precoce também aumenta o número de mortandade entre as meninas, pois grande parte delas engravida antes de ter o corpo totalmente formado e morre por causa disso. 

Reprodução
Reprodução ()

Além de alertar para o casamento infantil, a organização fez um ranking mostrando quais são os melhores e os piores países para uma menina viver. Mais de 140 países foram avaliados com base em dados como: índices de matrimônio precoce, gravidez na adolescência, mortalidade materna, mulheres com ensino fundamental completo e representatividade feminina na política. O Brasil figura no 102º lugar da lista, ficando numa posição pior do que países como Paquistão e Iraque. 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de R$ 12,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.