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Por Maternidade
Roberta D'Albuquerque é psicanalista e autora do livro Quem manda aqui sou eu - Verdades inconfessáveis sobre a maternidade
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Nossas crianças se sentem amadas o suficiente?

Mais importante do que responder à dúvida cruel “Sou uma boa mãe?” é pensar em uma outra que me parece mais pertinente: “Meu filho se sente amado?”

Por Roberta D'Albuquerque
Atualizado em 8 ago 2017, 13h11 - Publicado em 8 ago 2017, 13h07

Fez muito (muito) frio ontem aqui em São Paulo. Eu acordei com algum sacrifício às 6hs para correr em uma praça perto de casa. Deixei minhas meninas quentinhas e cobertas cada uma em sua cama – elas têm a sorte de estudarem à tarde e só precisam sair para a escola quando o tempo já deu uma trégua.

Entre uma volta e outra, fiquei enternecida com uma cena de carinho coletivo que foi aos poucos se construindo em frente a escola municipal que fica na mesma praça. Pais e mães traziam seus pequenos para a aula. Todos agasalhadinhos, luvas, toucas, casacos e cachecóis que juntos faziam o dia parecer ainda mais frio.

O grupo aumentava com o passar dos minutos a espera da abertura do portão. E a cada volta, fui ficando mais certa que o que estava posto ali era o amor. O amor vida prática, o amor 24/7. É lindo ver os depoimentos emocionados no Facebook, os relatos de parto, as vibrações das conquistas, as declarações a cada aniversário, mas é nas segundas geladas de inverno que se manifesta o amor que interessa de verdade.

É na coragem trocar um pijama quentinho pelo uniforme da escola nos 9º paulistanos, no capricho de agasalhar e ainda assim lembrar de colocar uma fivela no cabelo, no cuidado de emprestar o seu casaco e encarar o vento cortante enquanto o portão não abre, no abraço quentinho para esquecer o frio que as crianças têm a certeza absoluta que tem alguém olhando por elas.

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Penso que mais importante do que responder à dúvida cruel que nos vem a cabeça vez por outra “Sou uma boa mãe?” é responder a uma outra que me parece mais pertinente: “Meu filho se sente amado?”. Para a primeira pergunta, não há resposta. O que é ser uma boa mãe pra mim, pode não ser o mesmo pra você, pra sua amiga, sua sogra ou sua vizinha. E tentar correr atrás da aprovação de todo mundo é quase uma loucura, certo?

Agora, pra fazer alguém se sentir amado não tem ponto de vista. É todo dia, café-da-manhã, almoço, jantar e lanche, é inverno e verão, é na saúde e na gripe eterna de junho a agosto. É cuidar. Cuidar mesmo, do que é mais complexo ao que é mais simples. Um salve para os pais do EMEI Monteiro Lobato. Vocês esquentaram meu coração.

 

 

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